Política

Rio de Janeiro chega a 4º secretário de Saúde estadual em meio à pandemia

25 set 2020, 18:48 - atualizado em 25 set 2020, 18:48
Coronavirus RJ
Dos sete hospitais planejados, apenas dois saíram do papel e ainda há suspeitas de superfaturamento (Imagem: Rogerio Santana/ Governo do Rio de janeiro)

O Estado do Rio de Janeiro chegou nesta sexta-feira ao quarto secretário de Saúde em plena pandemia, ao anunciar o médico Carlos Alberto Chaves de Carvalho para a pasta que foi alvo de denúncias de fraudes e irregularidades que resultaram no afastamento de Wilson Witzel (PSC) do governo estadual e um processo de impeachment contra ele.

Na semana passada, o secretário Alex Bousquet anunciou a saída da pasta depois de ser alvo de suspeitas em contratações em sua gestão.

Antes dele Bousquet, estiveram na pasta o médico Fernando Ferry , que ficou cerca de 1 mês no cargo e deixou o governo que estava com medo de sujar o CPF, e Edmar Santos.

Santos foi braço direito de Witzel e idealizador do fracassado plano de enfrentamento a pandemia, que teve como pontos mais críticos os respiradores que não foram entregues e os hospitais de campanha que não deram certo.

Dos sete hospitais planejados, apenas dois saíram do papel e ainda há suspeitas de superfaturamento.

Santos chegou a ser preso em um das operações contra fraudes na Saúde e com ele foram apreendidos 8,5 milhões de reais.

O ex-secretário foi solto após acordo de colaboração premiada com a PGR e fez denúncias graves contra Witzel, que acabou sendo afastado do cargo pela Superior Tribunal de Justiça (STJ) e esta semana pela Assembléia Legislativa.

Carvalho, o novo secretário assume a pasta em um momento em que se vê uma retomada de casos de Covid-19 no Estado, redução na oferta de leitos de UTI na capital e permanentes concentrações de pessoas nas praias e bares da capital.

Nesta sexta, o Estado do Rio chegou a 259.488 casos de Covid-19, 100.045 deles só na capital.

“O problema da saúde não é de agora, tem muitos anos. Os problemas continuam, estamos tomando pé da situação e minha primeira providência é ver o que foi feito de errado e ir ao MP, Defensoria e CRM para conversar e ver demandas e problemas que tem na área”, disse Carvalho.

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