Saúde

Rio adia nova etapa de flexibilização por avanço de variante Delta

10 ago 2021, 11:12 - atualizado em 10 ago 2021, 11:12
Coronavírus Rio de Janeiro
Nacionalmente, a Delta representou 21,8% dos casos em julho, ante 62,5% da P. (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu adiar a nova fase do programa de flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 prevista para o próximo mês por conta do avanço da variante Delta na cidade, disse nesta terça-feira o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

A variante Delta tem avançado mais rapidamente no RJ do que em outros lugares, sendo responsável por 37,2% dos casos no mês passado no Estado. Ainda assim, ao contrário do que ocorre em outros países, a Delta não é a variante dominante, ficando atrás da P.1, que se originou em Manaus e representa 56,4% dos casos no RJ.

Nacionalmente, a Delta representou 21,8% dos casos em julho, ante 62,5% da P.1.

O comitê científico que acompanha a pandemia e da apoio à prefeitura do Rio recomendou uma retomada mais cautelosa diante da disseminação da linhagem de origem indiana.

A previsão era de que a nova fase da retomada começasse em 4 de setembro e, segundo Soranz, após a recomendação do comitê, a tendência agora é que só ocorra após o fim do inverno, no final de setembro.

“Precisamos acelerar a vacinação para retomar algumas atividades“, disse Soranz.

O comitê orientou que a reabertura de atividades com presença de público ocorra somente quando metade da população carioca estiver com o ciclo vacinal completo. Antes, a prefeitura previa a retomada com cerca de 45%.

“Iríamos começar abertura com 45% e agora com 50%, e para abrir tem que ter queda franca de casos, óbitos e mortos entre outras premissas“, disse o secretário.

Na cidade do Rio, 37% dos adultos tomaram as duas doses ou uma vacina de dose única, de acordo com dados da prefeitura.

Segundo a prefeitura, apesar do avanço da Delta e do ajuste no plano de retomada, festas como Réveillon e Carnaval estão garantidas, mas dependem do cenário sanitário. As duas tradicionais festas não aconteceram este ano devido à pandemia de Covid-19.

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reuters@moneytimes.com.br
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