Ricos em todo mundo esperam onda vendedora nos mercados em 2020, diz UBS
A maioria dos investidores ricos espera uma desvalorização significativa dos mercados antes do final do próximo ano, e 25% de seus ativos médios estão atualmente alocados em dinheiro, de acordo com uma pesquisa com mais de 3.400 participantes globais.
A disputa comercial EUA-China é a principal preocupação geopolítica, enquanto as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos são vistas como outra ameaça significativa para as carteiras.
“O ambiente geopolítico em rápida mudança é a maior preocupação de investidores em todo o mundo”, afirmou Paula Polito, diretora de estratégia de clientes do UBS GWM, em comunicado.
“Eles veem que a interconectividade global e as reverberações das mudanças impactam seus portfólios mais do que os fundamentos tradicionais dos negócios, uma mudança acentuada em relação ao passado.”
Quase 80% dos entrevistados dizem que a volatilidade deve aumentar, e 55% acham que haverá uma onda vendedora significativa no mercado antes do final de 2020, segundo entrevistas realizadas entre agosto e outubro com pessoas com pelo menos US$ 1 milhão em ativos disponíveis para investimentos.
Cerca de 60% dos investidores pensam em elevar ainda mais o nível de caixa, enquanto 62% planejam aumentar a diversificação entre as classes de ativos.
Na mesma pesquisa realizada em maio, uma quantidade ainda maior – 32% – das carteiras de investidores estava alocada em dinheiro.
Ainda assim, parece que a cautela dos investidores é estritamente para o curto prazo. Quase 70% dos entrevistados globais estão otimistas sobre os retornos dos investimentos nos próximos 10 anos.
“O desafio é que parecem querer responder” à incerteza de curto prazo”, diminuindo realmente seus horizontes de tempo e mudando para ativos seguros, como dinheiro”, disse Michael Crook, diretor-gerente da equipe de estratégia de investimentos.
No entanto, muitas dessas pessoas investem em um horizonte de décadas e para as gerações futuras, o que “parece uma incompatibilidade”.