Ações de Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) recuam após Ricardo Mussa deixar o comando da Cosan Investimentos
Ricardo Mussa deixou o Grupo Cosan (CSAN3) após 17 anos. Além de deixar o cargo de CEO da Cosan Investimentos, o executivo renunciou à posição no Conselho de Administração da Cosan e da Raízen (RAIZ4), onde ele também foi CEO.
Em comunicado divulgado ao mercado na última sexta-feira (29), a empresa não revelou o motivo da renúncia de Mussa. “A Companhia agradece ao Ricardo Mussa pela dedicação e contribuição que prestou nos 17 anos que atuou como executivo das empresas do Grupo Cosan”, diz.
Nesta segunda-feira (2), as ações das empresas Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) registraram baixas.
CSAN3 caiu 1,96%, a R$ 9,99.
Já a RAIZ4 recuou 4,55%, a R$ 2,52.
Trajetória de Ricardo Mussa na Cosan
O executivo ocupava o cargo há cerca de 1 mês, já que assumiu a posição no dia 1º de novembro. Na ocasião, Ricardo Mussa deixou o posto de CEO da Raízen para assumir o mesmo cargo na Cosan Investimentos.
No grupo desde 2007, Ricardo Mussa ocupou o cargo de CEO em outras três empresas do grupo: a Radar Propriedades Agrícolas; a Cosan Lubrificantes; e a Raízen, onde foi CEO por cinco anos até ser transferido para a Cosan Investimentos.
Após a mudança de cargo dentro do grupo, Mussa passou a integrar o Conselho de Administração da companhia, de onde ele também saiu. Ainda este ano, o executivo liderou conversas do B20 para a transição energética.
O posto no Conselho da Raízen será ocupado por Rodrigo Araújo, CFO (diretor financeiro) da Cosan, até a próxima assembleia geral. Araujo também foi eleito membro do Comitê de Responsabilidade Social e Corporativa da empresa, com mandato até 28 de julho de 2025.
Momento do Grupo Cosan
Quando Ricardo Mussa deixou a posição de CEO da Raízen para assumir a Cosan Investimentos, diversas mudanças foram promovidas na holding e em suas subsidiárias. Marcelo Martins, antigo CFO da Cosan, assumiu o comando da empresa no lugar de Nelson Gomes, que se tornou o CEO da Raízen.
Na semana do anúncio, analistas destacaram a necessidade de implementação de estratégias para a desalavancagem. Desde janeiro, as ações da Cosan (CSAN3) acumulam queda de 46,6% e as da Raízen (RAIZ4) caíram de 37%.