Olimpíadas

Azul (AZUL4), Riachuelo (GUAR3), Vivo (VIVT3) e outras: Como as Olimpíadas afetam as patrocinadoras?

26 jul 2024, 10:20 - atualizado em 26 jul 2024, 13:41
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Impacto das Olimpíadas nos papéis de empresas patrocinadoras é quase nulo e pontual, mas COB alcança 21 patrocinadoras (Imagem: REUTERS/Abdul Saboor)

Os Jogos Olímpicos de Paris começam oficialmente hoje (26), com a cerimônia de abertura às 14h30 (no horário de Brasília). Entretanto, o patrocínio de empresas aos Jogos, a terceira competição esportiva com a maior receita do mundo, começaram antes.

Segundo a SportsValue, o evento gerou uma receita de US$ 10,8 bilhões no ciclo entre PyeongChang e Tóquio, com valores de direitos de TV movimentando US$ 4,5 bilhões e mais de US$ 6 bilhões em patrocínios, e nomes como Azul (AZUL4), XP Investimentos e Vivo (VIVT3) são alguns dos que estiveram de olho nas cifras da competição.

Em 2024, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) possui 21 patrocinadores, 15 a mais quando comparado com a edição anterior das Olimpíadas. O nome mais recente a ingressar na lista é a empresa do setor elétrico Neoenergia (NEOE3), que irá investir no esporte olímpico nacional até o fim de 2025.

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Os patrocinadores também investem em propagandas com a temática dos jogos. No caso da Telefônica Vivo, o impulso foi realizado através da campanha “Ouro é inspirar novos tempos”, que conta com nomes como a skatista Rayssa Leal, cujo vídeo no YouTube alcança 14 milhões de visualizações, o surfista Gabriel Medina e o jogador de futebol Vini Jr.

Por outro lado, as empresas também podem passar por repercussões negativas após ganharem visibilidade com a competição esportiva. A Riachuelo, controlada pelo Grupo Guararapes (GUAR3), por exemplo, esteve no centro de críticas relacionadas ao uniforme utilizado pela delegação brasileira na cerimônia de abertura, fazendo com que o presidente do COB, Paulo Wanderley, defendesse as roupas afirmando que “não é a Paris Fashion Week. São os Jogos Olímpicos”.

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Como as Olimpíadas afetam as empresas patrocinadoras?

No caso de impactos aos papéis das empresas que investem nos Jogos, Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, afirma que o efeito é quase nulo.

“O que realmente impacta na precificação desses ativos são eventos mais importantes, como a política monetária nos Estados Unidos, situação fiscal aqui no Brasil, expectativas sobre a trajetória da Selic até o final do ano”, explica.

Villegas também afirma que os ganhos ocorrem principalmente na imagem das empresas e que, caso ocorra algo que afete a imagem da patrocinadora, poderia haver um impacto pontual.

“Não recomendaria a compra dessas empresas por conta simplesmente desse fato isolado, a participação dessas empresas nas Olimpíadas. O ganho é exclusivamente de imagem para essas companhias, que é algo bem subjetivo e que você não consegue sentir os efeitos disso no curto prazo”, finaliza.