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Revolução dos tokens: Entenda o impacto do avanço dos ativos digitais

26 out 2024, 13:00 - atualizado em 25 out 2024, 14:08
tokenização
Existem diferentes tipos de tokens no mercado, como payment tokens, utility tokens, security tokens e NFTs. (Imagem: Seebuaphan's Image)

No contexto dos ativos digitais e criptomoedas, os tokens possuem uma definição específica: são a representação digital de ativos como propriedade, dinheiro ou até obras de arte, utilizando a tecnologia blockchain.

Além de representar o ativo em si, um token pode armazenar diversas informações, como regras de negócio, histórico de transações e contratos associados. A adoção de tokens pode transformar a economia, trazendo benefícios como desintermediação, menos burocracia e, consequentemente, redução de custos. Tudo isso aliado a uma maior transparência e segurança, como já abordado em artigos anteriores.

Existem diferentes tipos de tokens no mercado, como payment tokens, utility tokens, security tokens e NFTs (tokens não fungíveis). Os payment tokens estão entre os tipos mais comuns, usados para transferências de capital. Eles funcionam como dinheiro eletrônico, processando pagamentos de forma instantânea e automática.

Os utility tokens e security tokens são mais complexos, geralmente emitidos por meio de um ICO (Initial Coin Offering). Assim como as empresas fazem IPOs (Initial Public Offerings) para vender ações, um ICO permite a venda de criptoativos para captar recursos para projetos baseados em blockchain. Para diferenciar utility tokens de security tokens, pense nos primeiros como fichas que dão acesso a produtos ou serviços específicos, enquanto os security tokens representam participação acionária ou propriedade de um ativo.

Como exemplo notável de utility tokens temos os fan tokens de clubes de futebol, que permitem que os fãs votem em enquetes, participem de promoções ou tenham acesso a benefícios exclusivos, como áreas especiais no estádio. Já os security tokens, ou STOs (Security Token Offerings), são emitidos de acordo com regulações específicas de cada país. Eles oferecem uma maneira simples de captar recursos, como no caso de startups que emitem tokens representando suas ações, permitindo que investidores lucrem com a valorização da empresa.

Um caso de uso pioneiro no Brasil foi o lançamento do ReitBZ pelo BTG, o primeiro security token emitido por um banco globalmente. Lastreado em imóveis comerciais e industriais, o ReitBZ pagou dividendos e arrecadou R$ 23 milhões em sua emissão inicial. A operação foi possível graças à implementação de contratos inteligentes em blockchains como Ethereum (ETH) e Tezos, auditados para garantir segurança e transparência.

Por fim, os NFTs (tokens não fungíveis) representam propriedade única de ativos digitais, como obras de arte. O NFT mais caro já vendido foi uma obra do artista digital Beeple, leiloada na Christie’s por valor recorde.

No Brasil, com o avanço do Banco Central do Brasil na criação do Drex (nova infraestrutura em blockchain), espera-se que a economia tokenizada cresça de forma escalável. Projeções indicam que a tokenização de ativos pode alcançar um mercado global de US$ 16 trilhões até 2030, correspondendo a cerca de 10% do PIB mundial. Isso oferece ao Brasil a oportunidade de se posicionar como líder global em tokenização, desde que continue a fomentar colaborações entre setor público, privado e sociedade.

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Co-founder e CRO do Bankly desde 2019. Especialista em finanças e economia com bacharelado em economia na Universidade Federal de Santa Catarina (2010); intercâmbio bilateral em Ciências Econômicas e Empresariais na University of A Coruna (2010); MBA e gestão de comércio exterior e negócios internacionais pela Fundação Getulio Vargas (2012); MBA executiva de economia da ExxonMobil Business Academy (2014); Mestre em Administração de Negócios pela Coppead UFRJ (2016) e Business Dynamics da MIT Sloan School of Management. Atua desde 2014 no mercado financeiro e aborda os seguintes temas: Banking as a service, Open Banking, embedded finance, pix, moedas digitais, finanças descentralizadas, fintechs, empreendedorismo feminino, entre outros.
marilyn.hahn@moneytimes.com.br
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Co-founder e CRO do Bankly desde 2019. Especialista em finanças e economia com bacharelado em economia na Universidade Federal de Santa Catarina (2010); intercâmbio bilateral em Ciências Econômicas e Empresariais na University of A Coruna (2010); MBA e gestão de comércio exterior e negócios internacionais pela Fundação Getulio Vargas (2012); MBA executiva de economia da ExxonMobil Business Academy (2014); Mestre em Administração de Negócios pela Coppead UFRJ (2016) e Business Dynamics da MIT Sloan School of Management. Atua desde 2014 no mercado financeiro e aborda os seguintes temas: Banking as a service, Open Banking, embedded finance, pix, moedas digitais, finanças descentralizadas, fintechs, empreendedorismo feminino, entre outros.
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