Revisão dos juros para baixo faz títulos públicos do Tesouro Direto renderem até 1,54% no dia
A redução da Selic para 5,5%, anunciada ontem à noite pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, e as expectativas do mercado de que os juros encerrem o ano ainda mais baixos, estão provocando a queda dos juros dos papéis do Tesouro Direto no mercado e, consequentemente, aumento dos preços dos títulos, especialmente os de longo prazo.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), até o meio-dia, o IMA-B5+, índice que acompanha os papéis indexados acima de cinco anos, variou 1,54%. Comparando com o mesmo horário de ontem, antes da decisão do Copom, a alta era de 0,30%. Já o retorno do IMA-B5, que representa os indexados até cinco anos, teve retorno de 0,59% hoje e de 0,07% ontem.
Entre os prefixados, o IRFM1+, que reflete os papéis acima de um ano, avançou 0,49% até o meio dia desta quinta-feira. O resultado é superior ao verificado em ativos de prazos mais curtos, representados pelo IRF-M1, que rendeu 0,09%.
O movimento é um ajuste do mercado a juros mais baixos, mas vale apenas para quem vender o papel agora. Quem ficar com o título até o vencimento ganhará exatamente a taxa de juros que acertou na aplicação.Pou