Reunião entre Lula e Macron: O que esperar do encontro dos líderes no Brasil?
O presidente da França, Emmanuel Macron, visitará o Brasil por três dias, desembarcando na terça-feira (26). Neste período, a pauta do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está direcionada para questões ambientais, políticas e estratégicas.
Conforme comunicado do Planalto, a viagem intensifica a cooperação entre Brasil e França e estreita os acordos comerciais entre os países.
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O líder francês irá passar por quatro cidades brasileiras, com agenda em Belém/PA, Itaguaí/RJ, São Paulo/SP e Brasília/DF. Com exceção de São Paulo, o presidente Lula acompanhará a visita em todas as cidades.
Encontro entre Lula e Macron: qual o objetivo?
Logo após a recepção do presidente francês no Brasil, ele e Lula seguirão para a Ilha do Combu para visitar comunidades locais e se reunir com líderes indígenas.
De acordo com o Planalto, os presidentes vão discutir o bioma amazônico, tema que interessa os dois países, visto que a Guiana Francesa, departamento ultramarino da França, possui cerca de 1,4% da floresta em seu território.
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A agenda é centrada na preservação ambiental e na agenda climática, no desenvolvimento econômico local, na promoção do comércio e da integração das áreas fronteiriças e nas comunidades indígenas.
“Líderes da comunidade [de diferentes etnias inclusive] estarão lá para ter uma conversa franca, aberta com os dois presidentes sobre os seus desafios e as questões que eles enfrentam e como, tanto a França como o Brasil podem ajudá-los a ter uma vida melhor”, pontua a embaixadora Maria Luisa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores (MRE), durante briefing à imprensa na sexta (22).
Acordos entre os países
O comunicado do governo aponta que, entre os acordos discutidos, está um sobre a troca (e proteção) mútua de informação e cooperação, sendo prioridade.
Há ainda um protocolo de intenções de investimento na ordem de R$ 100 milhões entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). O Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica é outro destaque nas negociações, conforme o comunicado.
“Esse centro, digamos, existe, mas não existe um prédio, não é um edifício. Inicialmente, se pensou em criar um edifício, mas isso não prosperou. A ideia agora é retomar esse trabalho sem a necessidade de ganhar o prédio, mas fazendo essas pesquisas, por exemplo, lançando editais e com assuntos de interesse mútuo em que pesquisadores e cientistas dos dois lados possam continuar trabalhando conjuntamente para resultados concretos e construtivos para os dois países”, explica a embaixadora Escorel.