Política

Reunião com Bolsonaro foi sinalização de certeza que país respeitará teto de gastos, diz Maia

13 ago 2020, 12:53 - atualizado em 13 ago 2020, 12:56
Jair Bolsonaro Rodrigo Maia
Maia afirmou que o Parlamento entende sua responsabilidade e não tem a intenção de estender o estado de calamidade (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que a reunião na véspera com o presidente Jair Bolsonaro, ministros e lideranças foi uma decisão “acertada”, que passa a mensagem de alinhamento do discurso do Executivo e do Legislativo em respeitar o teto de gastos em 2021.

Maia afirmou que o Parlamento entende sua responsabilidade e não tem a intenção de estender o estado de calamidade, que desobriga o cumprimento da meta fiscal deste ano para o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) e abriu caminho para gastos com a epidemia de Covid-19.

“Acho que é uma sinalização correta”, disse Maia a jornalistas, acrescentando que a convergência de discursos ocorre “com a certeza que nós, claro, queremos que o Brasil possa ter capacidade de investimento, de investimento público, mas ela precisa ser construída dentro da realidade do Orçamento primário brasileiro a partir do próximo ano”.

O presidente da Câmara dos Deputados avaliou como “boa” a sugestão do governo para a reforma tributária e calculou que o tema possa ser votado na Casa nos próximos dois meses.

Maia aproveitou para defender novamente a reforma administrativa como forma de sanear os gastos e a qualidade dos serviços públicos, e disse que espera convencer o governo a enviar sua proposta sobre o assunto.

Disse, ainda, que a proposta que trata das chamadas fake news deve estar pronta para votação em algumas semanas.

Sobre a saída de quadros do Ministério da Economia, lamentou a saída do secretário especial Salim Mattar, mas avaliou que uma “debandada” de algumas pessoas poderia ser benéfica à pasta.