Retrospectiva 2024: Relembre os acontecimentos que marcaram este ano
O ano de 2024 foi repleto de acontecimentos marcantes, em território nacional e no mundo. Desde as eleições municipais aqui no Brasil até a escalada de guerras e tragédias ao redor do globo. Confira a retrospectiva de 2024, com os principais momentos do ano.
Enchentes no Rio Grande do Sul
Temporais, que começaram no dia 27 de abril, no sul do país, tomaram o território do estado do Rio Grande do Sul por 1 mês. A tragédia, considerada a maior catástrofe climática no país, tirou a vida de 183 pessoas, além das 27 desaparecidas, de acordo com o último relatório da Defesa Civil do estado, em 20 de agosto.
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As enchentes atingiram 478 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, afetando 2.398.255 gaúchos, equivalente a 22,04% da população do estado. No ápice da crise, o estado contabilizou mais de 626 mil pessoas que tiveram que abandonar suas casas e buscaram moradia em lares de parentes, amigos ou em abrigos emergenciais.
Olímpiadas de Paris 2024
Com início em 26 de julho, as Olimpíadas de Paris 2024 trouxeram 20 medalhas para o Brasil, sendo três ouros, sete pratas e 10 bronzes. Os atletas que levaram o ouro para casa foram: Beatriz Souza, judô, no peso de +78kg; Rebeca Andrade, ginástica artística, na categoria de Solo feminino; e a dupla Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia feminino.
A seleção brasileira de futebol feminino levou o prata para casa, após perder dos Estados Unidos por 1 a 0. Além disso, levaram prata os atletas: Caio Bonfim, na marcha atlética 20 km; Willian Lima, judô, no peso de -66kg; Rebeca Andrade, ginástica artística, na categoria individual geral e salto; Tatiana Weston-Webb, no surfe; e Isaquias Queiroz, em canoagem velocidade, na categoria C1 1000m.
Por fim, a seleção brasileira de judô, ginástica artística e vôlei feminino ganharam bronze nas disputas. Os atletas que receberam bronze foram: Larissa Pimenta, judô, no peso -52kg; Rayssa Leal, no skate street; Bia Ferreira, boxe, no peso 60kg; Gabriel Medina, no surfe; Augusto Akio, em skate park; Edival Pontes, no taekwondo -68kg; e Alison dos Santos em 400m com barreiras.
Falecimento de Silvio Santos
O empresário e apresentador Silvio Santos morreu aos 93 anos em 17 de agosto. Ele deixou um império empresarial que inclui a segunda emissora de TV mais importante do país e que, durante seu auge, foi capaz de incomodar a hegemonia da Rede Globo.
Silvio Santos estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o início de agosto, após contrair H1N1.
Incêndios no Brasil
Em 2024, a região da Amazônia teve o maior números de queimadas e incêndios em 17 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até o início de deste mês, foram 137.538, incluindo queimadas, controladas ou não, e incêndios florestais.
Além disso, em setembro deste ano, São Paulo atingiu o maior número de incêndios em série, com 7.293 focos de queimadas entre janeiro e setembro, superando os 7.291 focos atingidos em 2010.
Em agosto, o estado já havia atingido outro recorde negativo, sendo o mês de maior número de queimadas de toda a série do Inpe, com 3.612 focos de incêndio.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), entre janeiro a setembro, foram atendidas 2.393 ocorrências e vistoriados 2.159 focos de incêndio em todo estado.
Recordes do calor
Em novembro deste ano, a cidade do Rio de Janeiro bateu o recorde de temperatura máxima do Brasil no ano, chegando a 43,2ºC. A máxima histórica no país é de 44,8 °C, que ocorreu em 2023 em Minas Gerais.
Além disso, setembro foi o mês mais quente em 63 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Setembro registrou uma temperatura média de 25,9°C, uma alta de 1,7°C acima da média histórica, que é de 24,2°C.
O ano de 2023, até então o ano mais quente da história, setembro foi o mês que apresentou maior desvio desde 1961. Segundo o INMET, a expectativa é que 2024 fique entre os cinco anos mais quentes.
Escalada das guerras no Oriente Médio
Os conflitos entre Israel e a Palestina escalaram ao longo de 2024, adicionando a participação direta do Líbano e do Irã. Em agosto deste ano, Israel bombardeou mais de quarenta alvos da milícia xiita Hezbollah, no Líbano.
Em resposta, Hezbollah lançou cerca de 300 mísseis e drones contra alvos militares do outro lado da linha divisória, a maioria neutralizada no ar pelo sistema de defesa antiaérea de Israel. Após dois meses de guerra aberta, o cessar-fogo entre os países foi aprovado em novembro.
Contudo, as ofensivas não foram só entre o Líbano e Israel, mas o Irã também se envolveu. Em outubro, o Irã lançou 180 de mísseis contra o Israel, contudo, a maioria foi interceptado.
A Guarda Revolucionária do Irã disse que os ataques foram em resposta ao ataque de Israel que matou alguns dos principais comandantes e aliados na região. Apesar disso, Israel não deixou o ataque passar em branco. O exército israelense fez “ataques direcionados contra alvos militares” no Irã, no dia 26 de outubro.
Enquanto isso, na Palestina, os ataques de militares israelenses na Faixa de Gaza permanecem. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, no início deste mês, que cerca de 75 mil palestinos estão passando fome na região.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Israel tem cercado as cidades de Beit Lahiya, Beit Hanoun e Jabaliya, com os palestinos que vivem nessas áreas sendo, em grande parte, impedidos de receber ajuda humanitária.
Eleições Municipais
As eleições municipais de 2024 trouxe a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à prefeitura de São Paulo (SP). Nestas eleições, partidos alinhados à direita foram eleitos em 20, de 27 capitais brasileiras nas eleições municipais de 2024, totalizando uma presença de 74,07%.
No total, a direita conquistou 2.673 prefeituras, avançando 5% em relação a 2020. Do outro lado, os candidatos de esquerda não acompanharam o ritmo nestas eleições. Em comparação com a última eleição municipal, a presença da esquerda caiu 12.86%
O Partido Liberal (PL) foi o mais votado nestas eleições, recebendo 15 milhões de votos válidos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. O valor implica em um aumento de 275%, em relação a 2020, quando recebeu apenas 4 milhões de votos.
Apesar do recuo da esquerda, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 8 milhões de votos em todo o Brasil, um aumento de 33% em relação à 2020, quando recebeu 6 milhões de votos.
A volta de Donald Trump à Casa Branca
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi reeleito à presidência do país no dia 6 de novembro. O candidato republicano conquistou o estado de Wisconsin, somando 277 delegados e superou o total de 270 votos necessários para ser eleito, segundo a agência de notícias The Associated Press.
Durante a madrugada, Trump já era cotado como novo presidente após garantir a vitória em três dos sete estados-pêndulo, que eram aqueles que ainda estavam indecisos, sendo eles Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte.
Máximas históricas no mercado financeiro
Em dezembro, tanto o Bitcoin (BTC) quanto o dólar à vista (USDBRL) quebraram recordes, superando suas máximas históricas. A criptomoeda, que desde a vitória de Trump à presidência subia em alta constante, atingiu a marca dos US$ 100 mil, no dia 5/12.
Já o dólar a vista, no dia 19 de dezembro, alcançou a cotação de R$ 6,30 e renovou o recorde intradia histórico nas primeiras horas do pregão.
Presidente sul-coreano declara Lei Marcial
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou Lei Marcial no dia 3 de dezembro. De acordo com o presidente, os partidos de oposição fizeram o processo parlamentar como refém.
Com isso, Yoon prometeu erradicar as “vergonhosas forças antiestatais pró-Coreia do Norte” e afirmou não ter escolha a não ser tomar a medida para salvaguardar a ordem constitucional.
Após a imposição da lei marcial, o acesso ao parlamento sul-coreano foi fechado e forças especiais da polícia foram enviadas para conter manifestantes. Apesar disso, parte dos delegados conseguiram acessar o plenário, aprovando moção que exige a suspensão da lei.
Acordo entre Mercosul e União Europeia
Os líderes dos países que compõe o Mercosul e da União Europeia anunciaram um acordo de livre comércio entre os blocos econômicos, durante a cúpula do Mercosul, no dia 6 de dezembro, após 25 anos de negociações.
“Ambos blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo”, afirma o documento que anunciou o acordo.
De acordo com o governo brasileiro, o acordo terá um impacto positivo de 0,34% sobre o Produto Interno Bruto do Brasil em 2044. Esse impulso representaria 37 bilhões de reais, considerando o ano base de 2023.