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Retornos de até 24,55%: Os FIIs campeões de 2024; o que fazer no próximo ano?

12 dez 2024, 14:54 - atualizado em 12 dez 2024, 14:54
fundos imobiliários - istock
(Imagem: iStock/ Vertigo3d)

O mercado de fundos imobiliários tem enfrentado um forte movimento de queda durante ano. O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) já registrou esse ano, de acordo com o último fechamento, uma perda acumulada de 10,46% e está cotado a 2.965,16 pontos.

O desempenho negativo pode ser explicado com a reação adversa dos mercados, principalmente, no segundo semestre do ano. Enquanto em janeiro falava-se em cortes na taxa básica de juros, hoje temos uma taxa em 12,25%, após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Um dos principais dados que ajudam a explicar a onda de péssimo que tomou conta do mercado nesse meio do caminho é a inflação, que já está acima da meta perseguida pelo Banco Central em 2024, de 3% com intervalo de 1,50 ponto percentual.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10), o IPCA, que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,39% em novembro, acumulando alta de 4,29% no ano.

Outro ponto de atenção tem sido a questão fiscal. Em novembro, apesar do governo ter anunciado um pacote de medidas para realizar uma contenção de gastos na casa dos R$ 70 bilhões, os economistas seguem preocupados com o cumprimento do arcabouço fiscal e com o compromisso do governo com a dívida pública.

Com isso, os mercados reagiram de formas intensas às incertezas colocadas no caminho. Os juros futuros chegaram a atingir 14%, enquanto o dólar ultrapassou os R$ 6. As NTN-Bs também tiveram seu momento de estresse e superaram os 7%.

A aversão ao risco, portanto, toma conta dos mercados, ao passo que esse receio também acaba depreciando o preço dos ativos de maior risco. No entanto, entre os fundos imobiliários, os dividendos seguem entregando algum retorno aos cotistas.

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Diante desse cenário, alguns fundos imobiliários conseguiram se sair bem e tiveram retornos de até 24,55% durante ano, segundo o levantamento que o Money Times solicitou ao seu colunista Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista em dados financeiros de mercado.

O FII que aparece com o maior retorno até o dia 6 de dezembro é o fundo Suno Energias Limpas (SNEL11). Em segundo, está o Pátria Prime Offices (HGPO11) com retorno de 17,06%, e finalizando o “top 3”, aparece o fundo Mérito Desenvolvimento (MFII11), com alta de 10,57%.

Os FIIs campeões de 2024

Código Tipo Retorno %
SNEL11 Outros 24,55
HGPO11 Escritórios 17,06
MFII11 Multicategoria 10,57
KNCR11 Não se aplica 8,56
KNUQ11 Não se aplica 7,91
ARRI11 Não se aplica 4,97
VGIR11 Não se aplica 4,61
KNHY11 Outros 4,41
GARE11 Multicategoria 4,04
RZAT11 Outros 3,86

O que fazer em 2025?

De acordo com o comunicado do BC, para as próximas duas reuniões do Copom é possível altas de 1 ponto percentual na taxa básica de juros. Com isso, o mercado de fundos deve seguir o mesmo viés dos últimos meses.

Para Jefferson Honório, sócio da Brio Investimentos, apesar do “momento ruim” esta é uma boa oportunidade de entrada nesse tipo de ativo, já que os preços estão mais atrativos.

BB Investimentos fez uma análise e selecionou “boas opções” de fundos imobiliários para os investidores se posicionarem, considerando o cenário atual macroeconômico.

Os analistas do banco destacam que o segmento de recebíveis deve apresentar bom patamar de dividendos e um potencial para a valorização das cotas, sendo o setor de maior atenção nos próximos meses.

Isso porque o mercado imobiliário tem se sentido pressionado com o saldo da poupança, o que faz o número de emissões de CRI subirem, ao passo em que gestores montam suas carteiras e estratégias com alocações nesses produtos.

Outros setores de destaque são os híbridos, galpões logísticos, shoppings, agronegócio e setor residencial.

Portanto, no portfólio do BB em 2025 estão Kinea Securities (KNSC11), REC Recebíveis (RECR11), TRX Real Estate (TRXF11), Guardian Real Estate (GARE11), BTL Logística (BTLG11), Pátria Shoppings (HGBS11), Riza Terrax (RZTR11) e Mérito Desenvolvimento (MFII11).

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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