Retomada em 2021 será gradual, e Itaú não foge à regra com balanço pressionado
Se por um lado, a queda de 12,9% nos seguros pressionou o balanço do Itaú Unibanco (ITUB4), o último trimestre de 2020 ainda reservou incremento de 8,9% da margem financeira líquida e o crescimento de 4,1% das receitas de serviços dentro do maior banco privado do Brasil.
No total, a companhia teve queda de 26,1% no lucro em relação a um ano antes, a R$ 5,388 bilhões, 1% abaixo da estimativa de consenso dos analistas, de R$ 5,44 bilhões, compilada pela Refinitiv.
A Planner atualizou seu modelo para o banco por conta do atual cenário macroeconômico e as perspectivas de retomada gradual da atividade econômica no País.
O analista Victor Martins relembra que no quarto trimestre, o Itaú fechou 95 agências pelo o Brasil, que trouxe uma pressão adicional de custos no período, mas aumentou o potencial de eficiência no médio prazo. Em 2020 foram encerradas 117 agências físicas.
Além disso, o banco contratou mais de 3.700 colaboradores ao time de tecnologia do banco, para competir de igual para igual com o ambiente fértil de fintechs, que têm atraído muitos brasileiros pela facilidade de acesso.
“O banco segue conservador em 2021 na concessão de crédito, focado nos produtos de menor risco (consignado e imobiliário) e veículos. Para o segundo semestre espera uma retomada da demanda por linhas de crédito ao consumo e linhas rotativas”, conclui o analista.
Confira a seguir o preço-alvo estimado até o final do ano para as ações do Itaú, segundo a corretora:
Empresa | Recomendação | Ticker | Preço-alvo (R$) | Valorização (%) |
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Itaú | Compra | ITUB4 | 35 | 24 |