Retomada da covid-19 causa correções no café e algodão por possíveis restrições à sociedade
Os fundos aproveitaram o último dia da semana para saírem de posições nas commodities agrícolas mais diretamente influenciadas pela movimentação da sociedade, sob ameaça da retomada da covid-19 em muitas praças desenvolvidas no Hemisfério Norte.
Se mais restrições forem impostas ao comércio, restaurantes e lazer na Europa na segunda onda da pandemia do coronavírus, e ainda que pouco provável que aconteça nos Estados Unidos – onde em apenas um dia os novos casos de contágios superam 70 mil – menos cafés vão ser vendidos e menor será a necessidade de novas roupas – e o algodão acusa o golpe.
Esta foi a lógica dos últimos dois dias, embora na Cooxupé, Lúcio Dias, superintende comercial não crê em sustentação, com os “vendedores (de café) muito curtos e a safra brasileira próxima horrível”.
Nesta sexta (23), os contratos do café tipo C em Nova York caíram em todas as telas, da curta (dezembro) às longas (março em diante), mais de 1,20%, fechando, respectivamente, 105,60 centavos de dólar por libra-peso a 110.05 c/lp.
Também na ICE Futures, a soft algodão caiu 0,88% no contrato de dezembro, fixado em 71.29 c/lp, e quase o mesmo no março, que fechou em 71.87 c/lp.