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Retomada “consistente” passa por agenda de reformas e consolidação fiscal, diz Economia

01 set 2020, 11:21 - atualizado em 01 set 2020, 11:21
Ministerio da economia
Recuperação incerta: atividade econômica depende de reformas (Imagem:REUTERS/Adriano Machado)

Diante da queda recorde de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2020, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia avaliou que o tombo na economia brasileira foi menor que em outros países, mas que é preciso continuidade da agenda de reformas e de consolidação fiscal para que a retomada seja “consistente”.

“A melhora das projeções da variação do PIB no 2º trimestre ao longo dos últimos dois meses está relacionada com o sucesso das políticas econômicas que limitaram a deterioração do mercado de trabalho, manteve a estrutura produtiva e garantiu renda para as famílias mais pobres e para os trabalhadores informais”, disse a SPE em nota.

“Os indicadores de maior frequência mostram que a atividade continua recuperando. No entanto, para que a retomada seja consistente, é importante a continuidade da agenda de reformas estruturais e da consolidação fiscal”, completou.

Sem atalhos

A SPE citou a baixa produtividade da economia brasileira como fator para o lento crescimento do PIB e entende não haver outro caminho para elevação do bem-estar da população que não seja por medidas que busquem a correção da “má alocação” e que incentivem a expansão do setor privado.

“A agenda de reformas já está retomando, com a aprovação pelo Congresso Nacional que atualiza o marco legal do saneamento e diversos projetos que estão sendo tramitados como a mudança na lei de falências, aumento da competitividade no setor de gás e o desenvolvimento do transporte de cabotagem”, disse a nota.

A economia brasileira sofreu contração recorde no segundo trimestre ao despencar 9,7% sobre os três meses anteriores, com perdas históricas na indústria e no setor de serviços devido às medidas de contenção da Covid-19.

Veja a nota da SPE sobre o PIB do segundo trimestre.