Retenção de profissionais eleva risco de bolha salarial no agro, adverte recrutadora
A necessidade de retenção de profissionais especializados, em meio à falta de mão-de-obra mais técnica, está levando o agronegócio do Centro-Oeste brasileiro a criar uma bolha que poderá impactar a receita das empresas.
Ganhar bem todos querem, mas o excesso pode levar à mesma bolha que ocorreu com os profissionais de internet há alguns anos, porém com impactos mais significativos nas folhas salariais.
O diagnóstico foi recém feito pela Fesa Group, marca internacional e um dos ecossistemas de RH líder no Brasil, que anotou: “das posições do agronegócio realizadas este ano, 80% tiveram contrapropostas agressivas das empresas do setor (de grupos produtores a revendas de máquinas, entre outros) para retenção dos profissionais”.
Anderson Schemberg, executivo da companhia, registrou que houve acréscimo salariais de até 50%, inclusive nas propostas de mudanças de empregos.
Na comparação com outros setores, essa valorização assume alguns múltiplos.
Voltando ao exemplo da bolha de internet, então a valorização dos salários dos profissionais variava de 10% a 15%.