Resultados provam, mais uma vez, que Santander está fora da curva
Os resultados do Santander (SAMB11) mais uma vez agradaram analistas. O banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,958 bilhões, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior.
“O banco continua apresentando um resultado sólido com índice de eficiência mais baixo do setor (38,8%) e ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) elevado se comparado aos seus pares”, afirma o analista Matheus Generoso do Amaral, do Inter Research.
Já a XP Investimentos destaca as menores despesas de pessoal, com redução líquida de 3,5 mil funcionários em 2020, e a maior margem com clientes, que subiu 1% no trimestre.
Além disso, segundo o especialista Marcel Campos, menores provisões também impactaram positivamente os lucros, embora devam ser vistas com cautela pelos investidores.
Ele lembra que o banco consumiu 10 pontos percentuais em índice de cobertura de 90 dias para 290%, apesar do índice de inadimplência permanecer estável em 2,1%.
“No geral, estamos menos otimistas com os lucros do banco diante a qualidade dos ativos”, completa.
Sinais de retomada
De acordo com Matheus Generoso, a retomada das atividades e um final de ano também de maior consumo no varejo contribuíram para o crescimento de 14% na receita com cartões e adquirência, aliado à forte presença e crescimento de mercado da GetNet.
Ele ressalta, porém, que é necessário observar uma maior pressão nos spreads ao longo de 2021 e também nas receitas com conta corrente, “o que nos mantém cautelosos com a manutenção de elevados patamares de rentabilidade”, argumenta.
O Inter tem recomendação neutra para os papéis do Santander, com preço-alvo de R$ 47. A XP também tem indicação neutra e preço-alvo de R$ 32.