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Resultados fracos do Santander (SANB11) no 4T22 colocam a ação na berlinda

02 fev 2023, 16:24 - atualizado em 02 fev 2023, 16:24
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Os resultados do Santander (SANB11) no 4T22 foram determinantes para os analistas, que recomendam a venda das ações (Imagem: Angel Garcia/Bloomberg)

Os resultados fracos do Santander (SANB11) no quarto trimestre foram determinantes para os analistas que recomendam a venda das ações do banco em massa.

Segundo dados divulgados pelo banco nesta quinta-feira (2), o lucro líquido foi de R$ 1,6 bilhão, indicando uma queda de 50% na comparação trimestral e 60% na comparação ano a ano.

O resultado também foi 32% menor do que o esperado pelo BTG Pactual, que mudou a recomendação para os papéis do Santander para a venda do ativo.

Segundo os analistas do BTG, após “anos de forte crescimento, o Santander agora parece estar pagando a conta”. Eles também cortaram o preço-alvo dos papéis para R$ 26, frente R$ 30 anteriormente.

Os especialistas calculam que o constante crescimento da carteira renegociada e inadimplência antecipada, somado à necessidade de provisões extras para a Americanas, pode tornar a estimativa do BTG de 11% de crescimento da provisão de crédito em 2023 “muito otimista”.

O “grande problema” para o Santander no 4T22 foi a inadimplência, conforme avalia a analista da Empiricus, Larissa Quaresma.

A perda de crédito relacionada a Americanas (AMER3) causou parte da deterioração de 47% no lucro líquido do bancão, calcula a especialista. A Empiricus tem uma recomendação neutra para as ações.

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Patinho feio

Mas a percepção negativa para as ações do Santander não é apenas do BTG. Segundo dados da Refinitiv, nove das 14 casas que avaliam o papel têm recomendação de venda.

O Itaú BBA manteve a recomendação de venda, observando que o a franquia do espanhol Santander teve o pior nível trimestral de rentabilidade sobre o patrimônio em muito tempo e que não vê uma melhora rápida.

O atual cenário se mostra como um desafio para Mario Leão, que assumiu o comando do banco no ano passado. Ele terá que retomar os níveis de crescimento e rentabilidade mostrados durante a gestão de seu antecessor, Sergio Rial, num ambiente macroeconômico com juros altos no país.

*Com informações de agência Reuters

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