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Resultados decepcionantes da Lojas Renner minam visão mais construtiva de analistas

12 fev 2021, 12:05 - atualizado em 12 fev 2021, 12:05
Lojas Renner
A Lojas Renner encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 354 milhões, recuo de 31% em relação ao mesmo intervalo de 2019 (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A Lojas Renner (LREN3) reportou resultados decepcionantes ontem à noite, na opinião da Ágora Investimentos. A varejista de moda apresentou lucros abaixo das estimativas dos analistas, embora o indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas) e a margem bruta tenham batido as projeções.

Prejudicada pela retomada das restrições mais severas devido ao aumento dos casos de Covid-19, a Lojas Renner encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 354 milhões, recuo de 31% em relação ao mesmo intervalo de 2019.

O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado da operação de varejo veio 26,5% menor do que nos três últimos meses de 2019, totalizando R$ 557,1 milhões. A receita líquida, por sua vez, registrou leve alta de 1,6% e somou R$ 2,9 bilhões.

A margem bruta contraiu 4,1 pontos percentuais e atingiu 54,2%, influenciada por um ambiente mais promocional. A margem Ebitda chegou a 19,1%, representando uma queda de 7,3 pontos percentuais. O SSS recuou 0,8%.

“Os resultados do quarto trimestre de 2020 da Lojas Renner mostram uma melhora sequencial no crescimento das vendas e na lucratividade, mas os números ainda foram fortemente impactados por restrições, ritmo fraco e ambiente altamente promocional devido à Covid-19”, afirmaram Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas da Ágora.

Para a corretora, o resultado não apoia uma visão mais construtiva. Os analistas levantaram algumas preocupações sinalizadas nos números do quarto trimestre, como o impacto das promoções e o aumento nas despesas com vendas, gerais e administrativas. Eles também acreditam que a atuação da Lojas Renner no e-commerce pode ter ficado abaixo do desempenho dos pares.

A Ágora decidiu manter a recomendação de compra da ação da companhia, bem como o preço-alvo de R$ 50 para 2021.

“Assumimos que a falta de crescimento do SSS, a grande queda na margem bruta e o aumento excepcionalmente alto nas despesas operacionais (vendas, gerais e administrativas) são em grande parte pontuais”, explicaram Cathcart e Meireles.

Com o avanço da vacinação da população contra a Covid-19 – e, consequentemente, a retomada do tráfego em shopping centers -, a corretora acredita que os papéis da Lojas Renner podem ganhar impulso.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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