Resultado negativo da Hypera não surpreende analistas
Os dados trimestrais reportados pela Hypera (HYPE3) na última sexta-feira (6) não agradaram os analistas, ainda que os números tenham vindo em linha com o esperado.
A Hypera apresentou quedas de 9 13,9 pontos percentuais nas margens bruta e Ebitda ajustada, respectivamente. O motivo, destacou a analista do BB Investimentos Georgia Jorge, se deve à parada forçada da produção devido ao período de seca observado em Goiás – onde as operações da companhia estão situadas – no ano passado.
“Apesar do aumento no sell-out, a receita líquida da empresa veio praticamente estável (-0,1% a/a), levando a uma menor alavancagem operacional que, juntamente com o aumento das despesas de marketing a partir do terceiro trimestre de 2019, levou a margem Ebitda ajustada a atingir 19,8%”, completou o banco.
Segundo a Guide Investimentos, 2019 foi um ano marcado pela transição na estratégia da Hypera. Para 2020, a corretora espera por números melhores.
“A canalização de aquisições, que segue aquecida, pode continuar destravando valor para a ação”, afirmou a corretora.
Recomendação
O BB segue com recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) para o ativo, com preço-alvo para o fim de 2020 de R$ 46,20, até que sejam incorporados à análise o balanço de 2019 e as estimativas de receita e lucro divulgadas pela empresa farmacêutica.
Adicionalmente, a Hypera conseguiu fortalecer, mesmo registrando números fracos, o portfólio de produtos de Consumer Health e de prescrição com a aquisição de Buscopan e de parte do portfólio da Takeda.
“Destacamos uma margem líquida mais favorável do que esperado em 8,4 pontos percentuais por conta dos créditos tributários não considerados em nossas projeções”, acrescentou a analista.