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Resultado fraco, ação penalizada e concorrência em alta: Credit Suisse analisa Ambev

15 out 2019, 10:03 - atualizado em 15 out 2019, 14:04
Analistas delineiam perspectivas para fabricante de cervejas (Imagem: Luke Sharrett/Bloomberg)

“Estimamos um trimestre potencialmente fraco”. A avaliação é do Credit Suisse para a Ambev (ABEV3), em relatório divulgado a clientes e obtido pelo Money Times, no qual o banco lista suas projeções para o resultado trimestral da maior fabricante de cervejas do mundo.

Para os analistas Antonio Gonzalez e Marcella Recchia, o resultado do terceiro trimestre deve ser mais frágil devido a maior concorrência no setor, embora tal movimento não represente mudança “permanente na dinâmica competitiva de preços”.

Além disso, as incertezas macroeconômicas na Argentina também pesam negativamente para o resultado da Ambev.

Por outro lado, os analistas elevaram o preço-alvo para as ações da empresa, de R$ 20,5 para R$ 22, e mantiveram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado).

A melhora na estimativa deve-se, segundo Gonzalez e Recchia, ao mercado já ter penalizado as ações diante dos fatos mencionados. O potencial de valorização é de 17,5% em doze meses.

Cenários

No cenário mais otimista, a ação poderia chegar a R$ 25 – potencial de valorização de 33,5% nos próximos doze meses. Por sua vez, na projeção mais pessimista, o papel poderá cair para R$ 17. O patamar equivale a uma desvalorização de 9,1%, conforme o último fechamento.

O Credit Suisse pondera que a ação da Ambev é negociada atualmente com P/L (Preço sobre Lucro) de 21,5 vezes para as estimativas de lucro de 2020, “o que não é uma barganha”.

“Ainda, o valuation atual reflete os lucros um pouco fracos, na nossa avaliação”, ponderam os analistas.

Ab Inbev Ambev Budweiser
Analistas acreditam que ação já está descontada (Imagem: Kyle Lam/Bloomberg)

Neutro

Em contrapartida, o BTG Pactual está um pouco mais cético em relação à Ambev. Os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin listam recomendação neutra para as ações e preço-alvo de R$ 20 em doze meses.

Caso se materializem as projeções de Duarte e Brustolin, os papeis poderão subir 6,8% de acordo com o fechamento da última segunda-feira (14).

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