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Resultado do Burger King melhorou, mas McDonald’s ainda é uma ameaça

06 ago 2021, 17:13 - atualizado em 06 ago 2021, 17:14
Burger King
O McDonald’s pode ter um desempenho superior ao do Burger King no curto prazo (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

O Burger King (BKBR3) diminuiu seu prejuízo em 48% no 2º trimestre de 2021, passando de R$ 186 milhões do ano passado para R$ 97 milhões.

Para analistas do setor financeiro, o maior concorrente do McDonald’s foi impactado pela pandemia, mas houve “uma melhora sequencial na lucratividade”. A informação foi divulgada pela Ágora Investimentos e Itaú BBA em relatórios enviados aos clientes e obtidos pelo Money Times nesta sexta-feira (06).

“A empresa alcançou uma melhora sequencial durante maio e junho, enquanto já registrava cerca de 93% das vendas pré-pandêmicas em julho”, disseram Joaquim Levy e Alejandro Fuchs ao assinarem o relatório do Itaú BBA.

A Ágora Investimentos comentou que as perspectivas para o Burger King estão melhorando, tendo em vista que a receita parece estar aumentando. Por isso, Flávia Meireles, especialista da corretora, aumentou as estimativas de receita em 5% a 7% para 2022 e 2023.

“Além disso, muitos pequenos pontos de venda independentes fecharam em 2020, o que deixa espaço para grandes empresas ganharem participação de mercado no processo de recuperação à medida que o programa de vacinação evolui no Brasil”, explicou a profissional em investimentos.

“Muitos pequenos pontos de venda independentes fecharam em 2020, o que deixa espaço para grandes empresas”, disse a analista (Imagem: Money Times/ Márcio Juliboni)

Não obstante, Levy e Fuchs disseram que a empresa teve receita líquida e margem bruta melhores do que o esperado, com destaque para as margens, que vieram 59% a mais do que o Itaú BBA aguardava.

“O ajuste de preços nas lojas em combinado com a diminuição dos cupons promocionais no aplicativo, resultou em uma margem melhor do que a esperada, que se traduziu em desempenho de EBITDA melhor do que o previsto”, comentaram os especialistas.

Todavia, tanto Meireles quanto Levy e Fuchs não estão totalmente otimistas com o Burger King. A corretora calculou que a recuperação da margem total será um desafio. Além do mais, o McDonald’s pode ter um desempenho superior no curto prazo.

Já o Itaú avaliou que o múltiplo EV/EBITDA está em 11x. Sendo assim, o banco estipula que a ação está de acordo com os pares da América Latina.

Desse modo, a analista da Ágora possui recomendação neutra e os outros dois especialistas indicaram rating market perform, ambos estipulam um preço-alvo de R$ 13.