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Resultado da Multiplan foi “tão bom quanto o possível”

27 jul 2018, 11:47 - atualizado em 27 jul 2018, 11:47
Foto: Divulgação

A Multiplan (MULT3) divulgou o relatório de resultados referente ao segundo trimestre de 2018, onde apresentou um lucro líquido de R$146 milhões, 39,4% superior ao lucro no mesmo período no ano passado. Já a margem líquida ficou em 47,5%.

O Ebitda alcançou R$ 257,3 milhões, um forte crescimento de 21,2% sobre o mesmo período do ano anterior, enquanto a margem Ebitda chegou a um recorde de 84% (9,1 pontos percentuais).

De acordo com a empresa, a evolução trimestral ocorreu devido a um aumento de 8,1% na receita líquida, conduzido pelos R$ 4,2 milhões na venda de imóveis, assim como pelos aumentos de 6,1%, 6,0% e 4,7% nas receitas de serviços, de estacionamento e de locação, respectivamente, e a uma reversão de R$ 28,5 milhões na linha de remuneração baseada em ações no segundo trimestre.

A receita bruta totalizou R$ 337,8 milhões no trimestre, representando um crescimento de 7,2% sobre o ano passado. Excluindo as áreas entregues em 2017, a taxa de ocupação (ou seja, quantos dos espaços nos shoppings estão alugados para lojas) em 2018 é de 97,7%. No cenário que inclui as lojas recentes, o índice ainda é de 97,3%.

Análises

“Apesar do impacto negativo da greve dos caminhoneiros e da base de comparação mais forte, com a sazonalidade do feriado de Páscoa no segundo trimestre de 2017 e a agora a Copa do Mundo, as vendas nas mesmas lojas no trimestre caíram apenas 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior”, pontua o analista Luiz Peçanha do banco Safra.

Ele ressalta, contudo, que o aluguel das mesmas lojas cresceu 2,7% ano a ano, enquanto a taxa de ocupação permaneceu praticamente estável em 97,3%, contra 97,7% no ano anterior. “A pequena redução observada é explicada principalmente pelo lançamento do Shopping Canoas em novembro de 2017, agora com 93,6% de taxa de ocupação”, diz. A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi mantida, com preço-alvo de R$ 24,70.

O analista Luiz Mauricio Garcia do Bradesco avalia que o balanço foi “tão bom quanto o possível”. “Embora esperemos que as condições de vendas nos shoppings continuem desafiadoras por mais meses, a menor alavancagem financeira e as taxas de juros têm ajudado a maioria dos players a entregar um saudável crescimento dos resultados em base anual”, explica.

Segundo ele, a persistência de ventos contrários sobre os shoppings e varejo é a principal razão pela qual ainda o Bradesco vê os shoppings como uma opção secundária no universo de coberturas, após as ações de empresas de construção civil como foco em baixa renda, apesar de as perspectivas de longo prazo sejam positivas para shoppings bem localizados dominantes. A recomendação é de compra e o preço-alvo é de R$ 26.

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