Resultado da Cielo pede plano de emergência de novo CEO, avaliam analistas
Se o sinal de atenção já estava ligado, agora é o momento de por um plano de emergência em prática. Ou, se não existir um, é a hora do novo CEO da Cielo (CIEL3), Paulo Caffarelli, mostrar seu valor. O executivo chegou na última sexta-feira, oriundo do Banco do Brasil (BBAS3), e tem um grande desafio.
“Ele é ‘agressivo’ no bom sentido, o que pode ser exatamente o que a Cielo precisa neste momento, e conta com o total apoio dos acionistas controladores Bradesco e BB”, avaliam os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis em um relatório enviado a clientes. A recomendação para as ações é neutra e o preço-alvo é de R$ 15,50.
O lucro líquido ajustado da empresa ficou em R$ 812 milhões, queda de 20,1% ano a ano, 0,6% na passagem trimestral, e aproximadamente 6% menor do que o consenso do mercado. A receita líquida cresceu 1,1% e foi a R$ 2,962 bilhões. O Ebitda cedeu 11,2%, para R$ 1,152 bilhão.
“Continuamos observando a deterioração da unidade de negócios de adquirência, a Cielo Brasil, que continua registrando queda nas receitas e na lucratividade (reflexo da concorrência acirrada no segmento). Não vemos indicações de que o ambiente competitivo será mais suave, portanto, continuamos cautelosos com o nome e mantemos nossa classificação neutra para a ação”, explicam os analistas do Safra Luis F. Azevedo e Silvio Dória. O preço-alvo é de R$ 19,50.