Economia

Restrospectiva 2022: Eleições, inflação e o que mais mexeu com a economia brasileira

21 dez 2022, 13:06 - atualizado em 21 dez 2022, 13:06
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Eleições, pandemia e outros fatores que moveram a economia em 2022 (Imagem: Roque de Sá/Agência Senado)

A economia brasileira em 2022 foi marcada por dois importantes acontecimentos que moveram os indicadores do país ao longo dos últimos meses: o fim de uma pandemia global e as eleições gerais.

A Guerra na Ucrânia foi outro acontecimento que marcou o cenário econômico no mundo, mexendo com o mercado das commodities e as exportações brasileiras.

O Money Times separou alguns acontecimentos que se destacaram na economia do Brasil ao longo de 2022, levando em consideração esses eventos que guiaram o desempenho no país. Confira:

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Ibovespa

O ano de 2022 foi desafiador para o Ibovespa, que acumulava queda de 2% no dia 18 de dezembro, a duas semanas do fim do ano.

Pesando sobre o desempenho do índice, a alta da inflação no ano, o conflito entre Rússia e Ucrânia e a política de Covid Zero na China foram alguns dos principais fatores para a pressão.

Inflação

A inflação começou o ano com uma alta acumulada de 10,38% em 12 meses, conforme dados divulgados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O aumento foi puxado por combustíveis, energia elétrica e alimentos.

Porém, ao longo dos meses de 2022, houve um movimento acumulado de queda, e o IPCA está encerrando o ano com uma alta acumulada de 5,9%.

Juros

O trabalho do Banco Central de aumentar o juros para controlar a inflação também foi movimentou a economia brasileira no ano.

A taxa Selic começou o ano em 9,25% e termina em 13,75%. Os juros sofreram 12 altas consecutivas em um ciclo de aperto monetário que começou em março de 2021 e terminou em agosto deste ano.

PIB

O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil foi na contramão do resto do mundo, que levou os países desenvolvidos à beira da recessão.

A economia brasileira cresceu 2,6%, impulsionado principalmente pelo segmento de serviços, o menos afetado pela alta do câmbio.

O segmento da indústria também avançou nos últimos meses, enquanto a agropecuária teve seus momentos de baixa.

Dívida pública

A dívida pública brasileira deve fechar o ano em 76,2% do PIB brasileiro, conforme projeções do secretário do Tesouro Nacional.

O Ministério da economia, por sua vez, tem uma visão mais otimista, e calcula que a dívida terminará o ano em 74% do PIB.

Os dados de dezembro de 2022 só serão publicados ao fim de janeiro do próximo ano, mas, até outubro deste ano, a dívida pública era de 76,8% do PIB, um recuo de 5,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021.

Combustíveis

O preço dos combustíveis sofreu um ciclo de cortes ao longo de 2022, mas o custo deles continua 34% mais caro no fim do ano.

A Petrobras mudou os valores da gasolina e do diesel 16 vezes em 2022, e a gasolina termina o ano 0,32% mais barata, enquanto o diesel sofreu um aumento de 34,43% no preço ao longo dos últimos meses.

O desempenho dos combustíveis se deve pela variação do petróleo no mercado internacional e à pressão política às vésperas das eleições presidenciais.

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