Restaurantes nos EUA driblam Uber Eats com entregas criativas
O coronavírus já causou enorme impacto no setor de hospitalidade em geral, mas alguns segmentos foram mais atingidos do que outros.
Nos Estados Unidos, restaurantes nas “Chinatowns”, os bairros chineses, estão fechando, pelo menos temporariamente. Alguns lugares registram queda das vendas de até 80%.
Em Seattle, a doença causada pelo vírus se espalhou tão rapidamente que a Starbucks avalia limitar o número de clientes nas mesas e focar em drive-thrus.
O chef mais famoso da cidade, Tom Douglas, anunciou que vai fechar temporariamente 12 de seus 13 restaurantes após uma queda de 90% nos negócios.
Em Nova York, o chef Tom Colicchio, vencedor do prêmio James Beard, disse que o movimento caiu 70%.
Para lidar com reservas cada vez menores, alguns restaurantes tentam ser criativos.
No 17th Street Barbecue, em Murphysboro, Illinois, a proprietária Amy Mills toma precauções como proibir telefones celulares. “Acredito muito na influência deles, mas são um dos maiores portadores de germes”, diz.
Outra maneira de se adaptar é oferecer a entrega para pessoas que ficam em casa.
Serviço na calçada
O Grato, em West Palm Beach, na Flórida, começou a entregar pedidos para veículos estacionados na calçada do restaurante. O cardápio completo de pratos italianos está disponível.
O chef Clay Conley também acrescentou um jantar familiar de espaguete e almôndegas com salada que serve quatro pessoas.
Esqueça o Uber Eats
No Restaurant Iris, em Memphis, Kelly English, proprietário e chef, agora entrega refeições de porções médias e grandes. Mas, diferentemente da maioria dos lugares, ele não está contratando terceiros.
“O Uber fica com 30% da conta e também cobra dos consumidores”, diz. “Se fizermos isso internamente, podemos dar mais trabalho para as pessoas.” O restaurante terá um cardápio limitado.
“As pessoas que estão presas em casa não procuram uma experiência gastronômica”, como frango assado na panela com andouille e costeletas refogadas com molho de alecrim.