Justiça

Rescisão de acordo de delação da J&F tem tramitação suspensa

09 mar 2020, 20:07 - atualizado em 09 mar 2020, 20:07
Empresário Joesley Batista
Em setembro de 2017, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao Supremo a rescisão do acordo de colaboração (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje (9) suspender a tramitação do pedido de rescisão do acordo de colaboração premiada de ex-executivos do grupo J&F.

O pedido de suspensão foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que tenta renegociar o acordo com os irmãos Wesley e Joesley Batista, sócios do grupo, e o ex-executivo Ricardo Saud. A suspensão vale até 6 de maio.

Em setembro de 2017, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao Supremo a rescisão do acordo de colaboração. Segundo Janot, os acusados omitiram da procuradoria a participação do ex-procurador Marcelo Miller em favor dos interesses do grupo J&F e uma suposta conta bancária de Saud no Paraguai.

Em seguida, os dois sucessores de Janot, Raquel Dodge e o atual procurador Augusto Aras, também se manifestaram a favor da medida.

No entanto, no mês passado, a PGR pediu ao ministro Fachin, relator do caso, a suspensão do processo, para que possa repactuar o acordo de delação em função das supostas omissões dos acusados. Os advogados dos delatores concordaram com a suspensão.

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