Brasil

Reoneração é aprovada com erro e precisa passar por ajuste, diz Marun

24 maio 2018, 16:19 - atualizado em 24 maio 2018, 16:20
O ministro Carlos Marun fala sobre a greve dos Caminhoneiros (Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje (24) que houve um equívoco de cálculo na compensação prevista no projeto de lei da reoneração da folha de pagamento que zerou o PIS/Cofins para o diesel até o fim do ano. Segundo ele, agora é preciso avançar para um ajuste.

“Houve um erro de cálculo. Foi com base em um cálculo equivocado que o relator propôs as medidas que foram aprovadas ontem na Câmara dos Deputados”. A medida, aprovada na noite desta quarta-feira, ainda precisa ser analisada pelo Senado, antes de seguir para a sanção presidencial.

“Os cálculos foram refeitos e, realmente, nossa posição [do governo] era a correta. A decisão foi baseada em cálculos equivocados. Agora é avançar no sentido de um ajuste em relação às consequências da medida adotada e aprovada ontem na Câmara. Não existe mais dúvida alguma a respeito disso”, disse em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto.

Ontem, o deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do projeto, estimou em cerca de R$ 3 bilhões a arrecadação pelo governo com a reoneração, valor similar às expectativas do impacto financeiro com a isenção do PIS/Cofins. A perda com a isenção do PIS/Cofins, no entanto, seria maior, próxima de R$ 10 bilhões.

Segundo Marun, o caminho agora é dialogar com os parlamentares para encontrar uma solução para a questão. “Não existe porque também transformar isso numa situação extraordinária. Houve um equívoco, mas todos os avanços em relação a isso serão tomados a partir do necessário diálogo e da parceria que existe entre o governo e o parlamento”, disse o ministro.

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