Reoneração dos combustíveis: Veja plano de Haddad para evitar que volta dos impostos pese na bomba
Os preços dos combustíveis mal caíram e já podem voltar a subir. Isso porque em julho acaba a redução parcial dos impostos federais gasolina e do etanol, determinada pelo governo no final de fevereiro.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já está se mexendo para evitar que a reoneração dos combustíveis pese nas bombas e anule o corte nos preços anunciado recentemente pela Petrobras (PETR3; PETR4).
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Durante uma audiência conjunta de comissões na Câmara dos Deputados, Haddad afirmou que o governo está “recalibrando” com a Petrobras a reoneração dos combustíveis e que a estatal não reduziu os preços tanto quando podia.
Isso sugere que o governo e a empresa podem fazer um segundo movimento conjunto de alteração de preços. Em fevereiro, quando a Fazenda optou pela reoneração parcial da gasolina, a Petrobras anunciou uma redução de 3,92% no combustível.
Entenda a reoneração dos combustíveis
Durante o seu governo, Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do PIS e Cofins para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha.
Os impostos deveriam voltar no dia 1º de janeiro, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória para manter a oneração até 1º de março para a gasolina e o etanol e 31 de dezembro para os demais combustíveis.
No final de fevereiro, Haddad anunciou uma reoneração parcial de gasolina e etanol por um prazo de quatro meses. Na época, a gasolina subiu R$ 0,34 nas bombas e o etanol, R$ 0,02. No entanto, essa nova MP tem validade até o fim de junho. Ou seja, no dia 1º de julho devem voltar a alíquota cheia.
Preços da Petrobras
Nesta quarta-feira (17), o litro do diesel A nas distribuidoras da Petrobras passa de R$ 3,46 para R$ 3,02. Trata-se de uma redução de R$ 0,44, ou 12,71%. Já o litro da gasolina A fica R$ 0,40 mais barato (-12,57%), passando de R$ 3,18 para R$ 2,78.
Por fim, o botijão de gás passa de R$ 3,2256 para R$ 2,5356 por kg, equivalente a R$ 32,96 por botijão de 13kg.
A mudança nos preços foi anunciada após a estatal comunicar que deixará de usar a política de preço de paridade de importação (conhecida como PPI) e adotará uma nova estratégia comercial para definição de preços dos combustíveis.