Comprar ou vender?

Renner: Queda de 14% das ações no ano não têm justificativa, dizem analistas

16 nov 2021, 9:26 - atualizado em 16 nov 2021, 9:26
Lojas Renner
Os analistas continuam a recomendar a compra dos papéis da Lojas Renner (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

É claro que o ambiente competitivo se acirrou e que o horizonte macroeconômico piorou, mas nada que justifique a queda de 13,6% das ações da Lojas Renner (LREN3) desde o início do ano, avaliam analistas consultados pelo Money Times.

“Considerando a capacidade da companhia em retomar as vendas e a rentabilidade mesmo diante de um cenário mais desafiador, combinada com os investimentos que vem realizando para pavimentar seu crescimento futuro, mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo para o final de 2022 em R$ 51,40”, aponta o BB Investimentos.

O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 60%.

O Bank of America lembra ainda que o varejo de vestuário brasileiro continua excepcionalmente fragmentado e dominado por operadoras de loja única e regionais, fortemente interrompido pelo coronavírus e recessões anteriores.

A Renner, com isso, se destaca com mais melhorias em design, cadeia de suprimentos, execução de loja e tecnologia, o que pode ampliar ainda mais sua lacuna competitiva com o comércio em geral.

“A Renner enfrenta ameaças competitivas de comércio eletrônico internacional crescente e não tributado, mas também antecipa soluções legislativas e regulatórias para resolver brechas à medida que a ameaça à receita tributária e à indústria doméstica se torna mais aparente. Mantemos nossa classificação de compra para as ações”, aponta o BofA.

Resultados

A Lojas Renner divulgou na última quinta-feira (11) lucro líquido de 172 milhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 82,9 milhões de reais um ano antes, com forte crescimento de receita e alta nas margens.

A receita líquida das vendas de mercadorias cresceu 43,5%, para 2,37 bilhões de reais, enquanto as vendas mesmas lojas tiveram aumento de 39,5%. A vendas digitais (GMV consolidado) subiram 8,2%, para 377,4 milhões de reais.

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