Renda Variável x CDI: Quem leva a melhor em 2024?
O Cerificado de Depósito Bancário (CDI) é um indexador conhecido por sua estabilidade — e um balizador importante para quem quer apostar na renda fixa.
Desde o início da pandemia, o cenário econômico passou por inúmeras turbulências, impactando diversos setores e desafiando a estabilidade dos investimentos. O Ibovespa (IBOV), por exemplo, fechou negativo em 2021. No auge da crise sanitária, a bolsa brasileira registrou queda de 11,93%, enquanto o CDI chegava a 4,42%.
De fato, é difícil encontrar ativos que superem o desempenho daqueles remunerados pelo Cerificado de Depósito Bancário. Contudo, em meio a esse período revolto, alguns ativos de renda variável apresentaram rentabilidade superior ao CDI em todos os quatro anos, como se pode conferir na tabela a seguir.
Pode-se afirmar sem sobressalto que essas nove empresas, representando setores diversos, apresentaram um desempenho impressionante em meio a um contexto desafiador.
Daí o papel crucial de uma escolha assertiva de ativos para a construção de um portifólio resiliente. Afinal, a volatilidade é uma característica inerente do mercado de ações. O investimento na Bolsa exige uma análise minuciosa e estratégias bem definidas para os que buscam superar o desempenho do CDI.
O que não é simples, uma vez que o índice vem apresentando rentabilidade consistente nos últimos quatro anos, como se pode observar na tabela abaixo, que o compara com o Ibovespa.
O que esperar da renda variável em 2024?
O início de 2024 convida a uma reflexão sobre os rumos do mercado financeiro. Até 18 de janeiro, apenas duas das nove ações do levantamento apresentado aqui registraram rentabilidade positiva — Metisa (MTSA4) e Cemig (CMIG4). A volatilidade persiste, evidenciando a complexidade de prever o desempenho futuro.
Será que esses papéis vão se recuperar, repetindo o desempenho dos últimos quatro anos?
É crucial lembrar que ainda temos praticamente todo 2024 pela frente. O mercado é dinâmico e sujeito a reviravoltas. O desempenho atual das ações não determina o seu destino futuro. Eventos imprevistos podem influenciar significativamente a trajetória dos ativos.
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Um ponto a se considerar, por exemplo, é um contexto de queda das taxas de juros, que normalmente leva os investidores a buscar alternativas mais atrativas para maximizar seus retornos, como os ativos de renda variável. Porém, o sarrafo do CDI vai estar sempre ali, como referência a ser superada.
Investir requer paciência e uma abordagem de longo prazo. Os investidores devem monitorar atentamente as condições do mercado, ajustar as estratégias conforme a maré e manter uma visão equilibrada, considerando tanto os desafios quanto as oportunidades que devem surgir.
O desempenho das ações até agora pode ser um indicativo, mas não é uma sentença definitiva. O exercício é de paciência, resiliência e de compreensão dos elementos que moldam o mercado.