Investimentos

Renda Fixa: um guia completo para investidores iniciantes

04 out 2021, 10:27 - atualizado em 03 nov 2021, 12:02
A renda fixa é uma modalidade de investimentos onde a rentabilidade é previamente definida. Ou seja: desde o início da sua aplicação, você saberá qual remuneração vai receber. (Imagem: Mehaniq)

Queridinha dos brasileiros, a Renda Fixa é uma modalidade muito procurada pelos investidores do país. Por ser inerentemente mais segura e estável do que a Renda Variável, somada a cenários de inflação elevada, o investimento se popularizou e conquistou um espaço considerável na carteira de muitos.

Por ser costume das famílias brasileiras, muitas pessoas acabam investindo na modalidade sem saber direito quais seus benefícios. Outras estão começando a jornada de investimentos e foram indicados a começar por ela, mas não compreenderam direito como funciona o investimento e nem porque é indicado. 

Por isso, o Money Times criou este Guia Completo da Renda Fixa, onde responderemos às questões centrais que envolvem a categoria, e os detalhes de cada produto oferecido– para você sair da leitura podendo escolher se o investimento atende às suas expectativas ou não.

O que é e como funciona a Renda Fixa?

A renda fixa é uma modalidade de investimentos onde a rentabilidade é previamente definida. Ou seja: desde o início da sua aplicação, você saberá qual remuneração vai receber.

Esse é o motivo pelo qual os investimentos em renda fixa são recomendados para iniciantes, afinal,  segurança e previsibilidade são suas características centrais. Apesar disso, é importante dizer que isso não é sinal de retorno garantido. Eles também estão sujeitos a riscos, tanto de crédito quanto de mercado e, em algumas situações, o valor de um papel pode variar tanto quanto uma ação.

Ao investir nesses papéis, você está emprestando dinheiro para alguém – esse alguém pode ser um banco, uma empresa, até o próprio governo. Em troca desse empréstimo, você recebe o dinheiro de volta lá na frente acrescido de juros, que são a remuneração pelo tempo em que esse capital foi emprestado.

Independente de quem você empresta, o funcionamento desses papéis é bastante similar. O importante é saber que as condições desse empréstimo– prazos, taxas e índices de referência– são definidas antes da transação. 

Como funciona a remuneração na Renda Fixa?

Em relação à remuneração, o cálculo pode variar de acordo com o papel em questão. Via de regra, existem três tipos:

Prefixada

Nos papéis com remuneração prefixada, os juros são fixos e estabelecidos no momento em que a aplicação é lançada. Por essa razão, o investidor sabe quanto em dinheiro receberá.

Pós-fixada

Na remuneração pós-fixada, o papel é atrelado a algum índice de referência (Selic, CDI…) e seu valor é atualizado conforme suas variações. O investidor sabe qual será a referência do título, mas não consegue saber o valor exato como na remuneração prefixada, pois a taxa pode variar conforme o tempo passa.

Híbrida

Como o nome já diz, essa modalidade de remuneração mescla características das aplicações pré e pós fixadas. Uma parte da aplicação é fixa, e a outra é atrelada a algum índice variável. Uma modalidade comum nesse caso são os títulos atrelados ao IPCA. Esses geralmente pagam o índice + uma porcentagem.

Quais investimentos de Renda Fixa?

Separamos uma lista dos principais títulos de Renda Fixa. Confira:

Renda Fixa x Renda Variável: vantagens e desvantagens

A principal diferença entre a Renda Fixa e Variável é que, na Renda Variável, você não consegue saber quanto dinheiro receberá no final de suas aplicações. 

Apesar de existirem projeções nos investimentos da Bolsa, é impossível prever os ganhos– e os prejuízos também. Por essa razão, esse investimento é considerado mais arriscado, e é indicado para quem já tem certa experiência com investimentos.

Por ser mais previsível, a Renda Fixa é considerada uma porta de entrada para investidores iniciantes. Ela é mais segura, pois a rentabilidade já é conhecida antes da aplicação– em alguns casos, até os centavos. Mas isso não significa que ela deva estar presente na sua carteira apenas no começo de sua jornada de investimentos, como veremos a seguir.

Quanto da minha carteira devo direcionar para Renda Fixa?

Depende. Não existe uma porcentagem mágica que te trará maior retorno, e a quantidade de Renda Fixa presente em sua carteira deve levar em consideração suas expectativas e objetivos como investidor e, claro, o momento econômico e político do país. 

Por exemplo: em momento de inflação alta e volatilidade do mercado, a Renda Fixa se torna um investimento mais seguro e vantajoso. Portanto, pode ser mais interessante alocar uma porcentagem maior de seu capital para ela. Caso a economia esteja aquecida e a inflação baixa, pode ser interessante aumentar sua exposição à Renda Variável.

Claro, isso são apenas situações ilustrativas. Você precisa analisar bem a sua situação financeira para criar o melhor portfólio para você. Além de analisar o perfil-investidor, é importante analisar os seus objetivos financeiros e a sua idade. 

Dito isso, especialistas defendem que é sempre proveitoso ter algum grau de exposição à renda fixa. A diversificação do portfólio é um elemento crucial para uma vida financeira bem estruturada, e essa modalidade é vista como uma porta de entrada, mas não deve se limitar apenas a isso. 

Vale lembrar também que renda fixa e renda variável são grandes grupos de investimento. Dentro de cada grupo, existem diferentes tipos de produtos. O interessante da diversificação é apostar em diferentes tipos de produtos, mesmo que sejam dentro de um mesmo grupo.

Como começar a investir em Renda Fixa?

Para investir em Renda Fixa, basta abrir uma conta na corretora de sua escolha, selecionar qual título ou modalidade gostaria de investir, transferir o dinheiro que você irá aplicar e pronto! Você será um investidor de renda fixa.

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sofia.kercher@moneytimes.com.br
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