Renda Fixa Turbo: Como aproveitar o fim da Selic a 13,75% ao ano com CDI, IPCA+ e prefixados
A taxa Selic está em 13,75% ao ano e, ao que tudo indica, deve ser mantida assim na próxima reunião do Copom nos dias 2 e 3 de maio. O Renda Fixa Turbo mostra o quais investimentos são interessantes aproveitar agora, segundo especialistas do mercado.
Não importa se a taxa Selic bater 2% ou 30% ao ano, o melhor investimento em renda fixa deverá se encaixar do perfil de risco e horizonte de tempo do investidor, segundo Daniel Abrahão, especialista em mercados financeiros e assessor na iHUB Investimentos.
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Mas fato é que com a perspectiva de queda da taxa Selic a partir de junho (e com maior chance ainda de acontecer em agosto), os títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic ou CDBs que pagam mais de 100% do CDI, passaram a render menos do que agora.
Isso não significa dizer que a renda fixa indexada ao CDI precisa ser eliminada por completo das carteiras dos investidores. Afinal, a Selic não deve despencar no curto prazo, já que o mais recente relatório Focus aponta para uma taxa básica de juros de 12,50% ao final de 2023.
Títulos prefixados ou indexados à inflação (IPCA+) têm um risco retorno mais atrativo, seja pela perspectiva de ganhos de marcação a mercado para títulos públicos no Tesouro Direto ou taxas elevadas no crédito privado (CDB, LCA, LCI, CRA, CRI e debêntures) que estão com taxas tão elevadas e não devem continuar dando sopa nos próximos meses.
Os economistas que alimentam as projeções no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, seguem com expectativas de queda da Selic nos próximos anos.
Para 2024, a taxa esperada é de 10% e, daqui a três anos em 2026, o juro deve afundar para 8,75%.
Onde investir na renda fixa?
Ficou claro que há oportunidades de investimentos na renda fixa nos três indexadores (CDI, IPCA+ e prefixados), mas o especialista da iHUB Investimentos enxerga mais potencial nos títulos prefixados, com taxas de rentabilidade ao redor de 15% e 14% ao ano em reta final de aproveitamento.
A seguir, Daniel Abrahão cita o que é interessante o investidor de renda fixa olharem cada indexador, agora em que a taxa Selic ainda segue em 13,75% ao ano. Confira:
- Títulos Pós-Fixados (CDI): buscar ativos que paguem mais de 100% do CDI (ou pelo menos o rendimento oferecido pelo Tesouro Selic), considerando que o patamar da Selic pode subir mais ou o investidor tenha necessidade de aplicar o dinheiro por um período inferior a dois anos.
- Títulos indexados à inflação (IPCA+): se o investidor vai aplicar para o longo prazo (acima de dez anos), abre-se a possibilidade de contratar taxas fortes, como IPCA+ 7% ao ano. Existe também a possibilidade de especular a queda da Selic, buscando ganhos de marcação a mercado no Tesouro Direto.
- Títulos prefixados (Taxa fixa): se a projeção for de queda da Selic e o horizonte de investimento for de médio longo prazo, são os títulos mais favorecidos nesse momento. O Tesouro Prefixado 2029 é o título público que acumula a maior valorização no Tesouro Direto no ano.