Renda fixa terá nova alta da Selic? Veja investimentos para ganhar com o fôlego extra
A cara da renda fixa mudou bastante em novembro. Se antes o mercado considerava que a taxa Selic a 13,75% ao ano estava com os dias contados e logo começaria a cair, as conversas de bastidores chegam até a cogitar nova alta na taxa básica de juros.
Enquanto o mercado de renda variável encontra algum alívio com um ritmo menor de elevação de juros nos Estados Unidos, que pode encerrar o ciclo de aperto monetário em março de 2023, o investidor anda bastante preocupado com o teto de gastos no governo Lula.
Tanta incerteza sobre quanto o próximo governo vai gastar e de onde tirará as contrapartidas no Orçamento fazem com que o investimento em renda fixa tenha um fôlego extra, na avaliação da Genial Investimentos.
A corretora observa maior prêmio de risco para o investidor aproveitar agora tanto em títulos públicos (Tesouro Direto) quanto em títulos bancários (CDBs, LCAs e LCIs) e de crédito privado (CRAs, CRIs e debêntures).
Lula apimenta renda fixa
O fator mais relevante após a eleição do ex-presidente Lula é a questão fiscal, e as primeiras indicações não são nada animadoras, na visão da Genial.
A PEC da Transição deverá propor a aprovação de um aumento do teto de gastos da ordem de R$ 175 bilhões, o que significaria um aumento permanente do gasto público neste montante, elevando bastante o endividamento das contas públicas brasileiras.
“Teremos um aumento do risco fiscal, o que significa um aumento da taxa de juros por eles demandada para financiar a dívida pública. Com o aumento do risco fiscal e redução do diferencial de juros entre Brasil e EUA, os investidores estrangeiros deverão pedir uma taxa de câmbio mais desvalorizada para comprar os títulos públicos brasileiros”, explica o analista de renda fixa André Fialho, em relatório enviado a clientes.
Afinal de contas, o Banco Central do Brasil manteve a taxa Selic estagnada em 13,75% ao ano em suas últimas reuniões, enquanto o Federal Reserve (banco central dos EUA) está ainda em processo de aumento de suas taxas de juros.
Carteira arrojada de renda fixa:
Veja a seguir os investimentos de renda fixa indicados pela Genial Investimentos em novembro para os investidores com perfil arrojado, ou seja, com maior tolerância para tomar riscos e perseguir lucros exponenciais:
Produto | Rentabilidade* | Quando pode resgatar | Quanto investir (%) |
---|---|---|---|
LCA* do ABC Brasil | 92% do CDI | 2024 | 20 |
CDB do Nbc Bank | 112,28% do CDI | 2025 | 15 |
LCA* do BTG Pactual | 91% do CDI | 2026 | 10 |
LCA* do BTG Pactual | 11,47% ao ano | 2026 | 1 |
Tesouro Prefixado | 13,09% ao ano | 2025 | 2 |
ETF Prefixado IFRM11 | Renda variável | 2 dias úteis | 1 |
CRA* da Vamos | IPCA + 7,26% ao ano | 2027 | 15 |
Debênture da Raízen | IPCA+ 7,69% ao ano | 2030 | 10 |
Debênture da Sabesp | IPCA+ 7,36% ao ano | 2030 | 10 |
Debênture da Equatorial | IPCA+ 7,8% ao ano | 2039 | 10 |
CRA* da JBS | IPCA+ 7,8% ao ano | 2030 | 5 |
Total | 100 |
*Representa produtos de renda fixa em que não há cobrança de Imposto de Renda sobre os lucros. Os demais investimentos seguem a tabela regressiva do IR, cujo imposto que incide sobre os lucros é de 15% para vencimentos acima de dois anos.
Vale lembrar que as taxas de rentabilidade podem variar diariamente na marcação a mercado, até o momento em que o investidor travar os ganhos ao adquirir o produto de renda fixa, garantindo a remuneração contratada até o prazo de resgate. Os valores são referentes a 16 de novembro de 2022.
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