Renda Fixa

Renda fixa tem garantido pé-de-meia gordo no curto prazo; saiba como driblar inflação

10 jan 2023, 15:13 - atualizado em 10 jan 2023, 15:13
Renda fixa
Renda fixa pode continuar garantindo ganhos bem acima da inflação em 2023. Saiba como aproveitar as oportunidades no ano. (Imagem: Shutterstock | Montagem: Julia Shikota)

A renda fixa segue premiando seus investidores e, mesmo descontando a inflação acumulada em 2022, a maioria dos indicadores é positivo, ao contrário da maioria dos índices de renda variável. E quem busca fazer um pé-de-meia no curto prazo em 2023 ainda encontra um cenário favorável.

A carteira de títulos públicos negociados em mercado (IMA Geral, da Anbima), teve rentabilidade de 9,66% no ano passado e, descontando a inflação de 5,79% no período, o ganho real foi de 3,66%.

Contudo, os títulos de renda fixa focados para juntar dinheiro no curto prazo (papéis pós-fixados com liquidez diária, que acompanham a Selic ou o CDI), tiveram remuneração de 12,74% em 2022, de acordo com o índice IMA-S. Descontando a inflação, o lucro foi de 6,57%.

Na sequência, vieram os títulos prefixados de vencimentos até um ano, espelhados no índice IRF-M1, com avanço de 12,02%. Considerando o IPCA do período, o ganho foi de 5,89%.

Já quem não está em busca de juntar dinheiro no curto prazo e tem planos para o longo prazo como, por exemplo, a aposentadoria daqui a mais de cinco anos, o saldo do IMA-B5+, que acompanham títulos do Tesouro IPCA+, perdeu para a inflação em 2022, caso o investidor tenha resgatado sua aplicação antes do prazo de vencimento.

O rendimento nominal da classe em 2022 foi de 3,3%. Porém, ao colocar o IPCA na conta, o ganho vira um prejuízo de 2,35%. Na renda variável, o Ibovespa (IBOV) teve um prejuízo de 1,04% ao acrescentar a inflação.

Juntando dinheiro na renda fixa

Se o investidor tem planos de longo prazo, não há problema em aplicar em investimentos como o Tesouro IPCA+, desde que o se carregue a aplicação até o seu vencimento.

A recomendação do Itaú BBA, em relatório enviado a clientes, é que proteção do poder de compra sejam concentradas no Tesouro IPCA+ 2026 (no caso de metas de médio prazo) e no Tesouro IPCA+ 2035 (para metas de longo prazo).

“Alguns elementos indicam que com uma boa dose de paciência e uma parcela elevada de liquidez nas carteiras, há bons motivos para mantermos alocações em renda fixa indexada ao IPCA de médio e longo prazo. Caso a inflação venha a cair em 2023, os juros reais pagos pelos investimentos devem ir junto”, explica o analista Lucas Queiroz.

Já quem busca fazer o seu pé-de-meia no curto prazo pode ter a chance de lucrar 13,4% em 2023, sem correr grandes risco na marcação a mercado ou na Bolsa brasileira, claro que sem considerar ainda o percentual de inflação a ser conhecido no fim de ano.

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