Renda Fixa: Santander seleciona título público para investir no mês de abril; veja qual
Durante o mês de março, o mercado se manteve receoso, com o Ibovespa registrando uma queda de 0,70% e adotando um tom mais cauteloso após a decisão da Super Quarta, no dia 20. Na ocasião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por cortar os juros a 10,75%, mas tirou o plural da ata da reunião, o que fez com que os investidores ficassem de olhos abertos.
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Somado a isso, a divulgação de dados econômicos, como o de mercado de trabalho e inflação no último mês, também mostraram-se relevantes nesse contexto mais incerto do cenário interno.
“A despeito do mercado de trabalho aquecido e dos dados de inflação desfavoráveis no 1º bimestre do ano, o time de Macroeconomia do Santander ainda prevê um arrefecimento dos índices de preços nos próximos meses, encerrando 2024 com um IPCA acumulado de 3,4%”, apontou os analistas do Santander em relatório.
No cenário externo, a temperatura era outra. Os investidores americanos comemoraram o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, em coletiva de imprensa após decisão do Fomc. O tom foi mais otimista em relação aos cortes nos juros americanos, com previsão de começar em junho.
Já na Europa, o Banco Central da Suíça cortou juros, sendo o primeiro do G10 a iniciar o afrouxamento do ciclo monetário, dando assim uma esperança de que os outros países sigam o mesmo caminho em breve.
Neste contexto, os analistas de renda fixa do banco apontam sugerem alocação no Tesouro Direto. Mais uma vez, o Santander opta pelo Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035.
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“Se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menores ruídos políticos, inflação convergindo à meta no médio prazo e promessas de responsabilidade fiscal em 2024), podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado deles. Caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função”, explicam no documento.
Para as próximas semanas, os analistas destacam a apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, em especial as discussões envolvendo a potencial alteração da meta de superávit primário.