Renda fixa: Saiba quais são as novas apostas para você investir com a Selic chegando ao teto
Você já deve ter ouvido que a famosa Selic, a taxa básica de juros da economia, se aproxima do fim do seu ciclo de alta. Foi um árduo caminho desde a mínima de 2% ao ano no auge da pandemia para os atuais 12,75% ao ano, que por sua vez alavancaram a renda fixa.
Agora, a discussão é sobre qual patamar a taxa Selic vai se estacionar (e na sequência por quanto tempo).
Boa parte do mercado aposta em mais uma alta de 50 pontos base na próxima decisão do Copom, que acontece na quarta-feira (15), levando a Selic para o estágio terminal de 13,25% ao ano. O BTG Pactual (BPAC11) é um dos crentes.
Mas a bomba fiscal para baratear os combustíveis, que segue em plena discussão em Brasília, tem estressado a curva de juros e até colocado lenha na fogueira da inflação, o único objetivo que o Banco Central (BC) tem a controlar.
O ciclo pode acabar se estendo para a reunião em agosto, com mais uma alta de 50 pontos base, trazendo a Selic para 13,75% ao ano.
Como investir na renda fixa agora?
Entendido o cenário, a pergunta que não quer calar entre os investidores é como ficam os investimentos em renda fixa. Seria hora de voltar para a renda variável? A resposta é não.
“O mercado acredita que, por conta dos indicadores e persistência da inflação, é bem provável que o BC vai manter a taxa de juros alta por período mais prolongado. Olhando para esse cenário de juros mais altos por mais tempo, os ativos pós-fixados atrelados à Selic são mais interessantes”, afirma Ricardo Jorge, especialista em renda fixa.
O sócio da Quantzed, empresa de tecnologia e educação para investidores, explica que independente do patamar de Selic, o que o mercado entende hoje é que os juros vão seguir elevados pelos próximos meses, sem perspectivas de cortes.
Aplicar em CDBs com rentabilidade acima de 110% do CDI ou mesmo nos títulos públicos pós-fixados, o Tesouro Selic, vão garantir que o investidor lucre com os juros elevados e com a segurança que o sobe e desce da Bolsa de Valores não oferece.
Dá para ser mais ousado ainda?
Para Jorge, o investidor ainda têm chances de procurar rentabilidades que superem o patamar atual da Selic, tudo isso dentro da renda fixa.
Sabendo que estamos chegando a um ponto de inflexão no que diz respeito às altas de juros, títulos prefixados passam a ser boa opção porque se beneficiam da manutenção da taxa de juros ou queda deles no futuro.
“Hoje é recomendável estar em um mix de ativos pós-fixados e prefixados em detrimento dos ativos atrelados à inflação porque a gente espera que, dado esse ciclo de aumento de juros, haja arrefecimento dos indicadores de inflação e esses títulos que tem IPCA como parcela remuneratória passam a ficar menos atrativos“, esclarece.
Portanto, daqui em diante, é recomendável avaliar bem a necessidade de adquirir mais títulos de renda fixa indexados a inflação, com a expectativa de recuo do IPCA e queda dos juros reais.
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