Títulos Públicos

Renda fixa: Quais títulos no Tesouro Direto pagam mais de 20% no ano; ainda dá para aproveitar

30 ago 2023, 15:06 - atualizado em 30 ago 2023, 15:06
Renda Fixa, Tesouro Direto
Renda fixa paga pelo governo brasileiro já entregou mais de 20% no ano; descubra os melhores no Tesouro Direto. (Imagem: Reuters/ Ueslei Marcelino)

A cabeça do investidor de renda fixa mudou no Tesouro Direto, que agora busca títulos do governo brasileiro bem mais rentáveis que o Tesouro Selic.

Conforme balanço mais recente, a renda fixa que mais remunera o investidor já pagou mais de 20% no ano. Além disso, o estoque desses títulos públicos representa 50% dos R$ 120 bilhões em estoque no Tesouro Direto em julho.

Com tais predicados, os títulos públicos indexados à inflação (IPCA+) são a bola da vez. Só os papéis Tesouro IPCA+ respondem por 39% do estoque total. Entre eles, está o título público mais rentável do ano.

O Tesouro IPCA+ 2045 acumula valorização de 21,79% no ano. Trata-se do único título de renda fixa do governo brasileiro com rentabilidade superior a 20% no período.

Contudo, na somatória dos últimos 12 meses, o campeão é outro: o Tesouro Prefixado 2029, com lucro de 27%. Segundo o Tesouro Direto, o estoque dos prefixados corresponde a 13,7% do total.

Por sua vez, os títulos indexados à Selic, o popular Tesouro Selic, equivale a 36,2% do estoque total do Tesouro Direto. Em termos de rentabilidade, o papel do governo brasileiro continua pagando mais de 1% ao mês.

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Ainda vale investir em renda fixa?

Apostando em prazos de vencimentos mais longos, ainda é possível ter boa rentabilidade no Tesouro Direto.

Para o economista de macro do BTG Pactual, Álvaro Frasson, o melhor título do momento é o próprio Tesouro IPCA+ 2045. Além disso, o banco também recomenda a compra do Tesouro Prefixado 2029.

E na visão do investidor estrangeiro, a renda fixa indexada à inflação no longo prazo é a que mais deve render no Brasil. Pois, o banco suíço UBS projeta que a taxa Selic caia para 8% ao ano no terceiro trimestre de 2024, abaixo dos 9% precificados pelo mercado.

Confira balanço do Tesouro Direto: