Renda fixa: Quais investimentos são indicados antes da Selic cair, segundo analistas
A queda da taxa Selic nos próximos meses continua no radar do mercado, e até o Banco Central (BC) assina a conta embaixo. Os investimentos de renda fixa também têm muito a ganhar com o corte da taxa básica de juros, mas é preciso se posicionar antes.
O BC já deixou claro na ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que caso o novo arcabouço fiscal tocado pelo governo Lula for bom, haverá espaço para reduzir a taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
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Após um longo período de bonança, os títulos pós-fixados indexados à Selic, como o Tesouro Selic e CDBs atrelados ao CDI, normalmente não devem se beneficiar com o corte juros, segundo analistas da Guide Investimentos.
Embora seja importante manter uma parcela da carteira alocada em títulos com liquidez diária, chegou o momento de abrir espaço na carteira para títulos prefixados e indexados à inflação.
Tesouro Direto
No caso do Tesouro Direto, a corretora indica os títulos com prazos intermediários e longos (Tesouro Prefixado 2029 e Tesouro IPCA+ 2035), seja para ganhos de marcação a mercado ou carregamento a vencimento.
Para Rogério Gutierrez, head de renda fixa da FMB Investimentos, quem busca fazer renda nesse cenário de juros elevados com perspectiva de queda pode pensar em investir no Tesouro IPCA+ 2032 com pagamento de juros semestrais, que oferece taxa de IPCA + 6% ao ano.
Outra alternativa de geração de renda é o investimento no Tesouro Prefixado 2033 com pagamento de juros semestrais.
Esse título público é a principal recomendação Fábio Sobreira, sócio e analista da Harami Research. Trata-se de um papel com vencimento em dez anos, pagando uma taxa prefixada de 12,95% ao ano.
ETFs de renda fixa
Fora do Tesouro Direto, os investimentos de renda fixa oferecem um grau de risco maior, mas também têm a chance de entregar lucros superiores. A Guide Investimentos têm recomendações de compra para ETFs de renda fixa.
A corretora indica dois ativos para que o investidor esteja exposto tanto em uma carteira teórica de títulos públicos indexados à inflação quanto papéis prefixados.
Os ETFs são: IB5M11 (que compra Tesouro IPCA+ com vencimentos acima de cinco anos) e IRFM11 (que compra Tesouro Prefixado em todos os prazos).
Uma das vantagens dos ETFs de renda fixa é tributária, já que a cobrança de imposto de renda é sempre de 15%. Ao comprar diretamente títulos públicos no Tesouro Direto, o investidor é taxado pela tabela regressiva que varia de 22,5% a 15%, a depender do prazo de resgate.