Plataforma lança CRI via crowdfunding com investimentos a partir de R$ 5 mil; veja os detalhes
O mercado de crowdfunding no Brasil ainda é pequeno perto do tamanho que tem nos Estados Unidos, mas com crescimento muito acelerado. No primeiro semestre de 2024, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foram R$ 446 milhões em emissões por plataformas de crowdfunding, contra menos de R$ 58 milhões no mesmo período de 2023.
Com essa crescente demanda pelos investidores, a plataforma de crowdfunding PeerBR colocou no mercado um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) de R$ 9 milhões, com rentabilidade de CDI + 6,5% no ano e investimento mínimo de R$ 5 mil.
A primeira série da emissão será no valor de R$ 3 milhões, e as demais que serão disponibilizadas conforme avanço do projeto. O objetivo inicial da emissão é quitar a aquisição do terreno para um empreendimento.
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O CRI está vinculado ao Projeto Porto Cavalli, empreendimento de alto padrão voltado para a criação e treinamento de cavalos de salto, próximo a cidade de São Paulo, o qual foi avaliado em R$ 14,5 milhões. O lançamento oficial foi realizado agora no mês de agosto.
“O CRI Porto Cavalli representa muito bem a tese que estamos montando de investimento em ativos únicos e, muitas vezes, negligenciados pelos bancos e demais agentes financeiros. O mercado não costuma olhar projetos de desenvolvimento imobiliário em áreas rurais e, muito menos, quando envolve o lançamento para um público nichado”, explica Victor Moura, diretor de Real Estate da GCB Investimentos, empresa que estruturou o ativo.
Os pagamentos de juros, segundo nota enviada pela plataforma, serão semestrais e as amortizações começam a partir do 25º mês e ocorrem em 12 parcelas até a quitação integral no 36º mês.
Ainda de acordo com a empresa responsável, o ativo tem garantias que valem 160% a mais do que o valor do crédito. Essas garantias incluem o terreno da empresa, as cotas (participações) do projeto, o dinheiro que o projeto vai gerar no futuro e o compromisso dos donos de pagar se necessário.
“Para blindar ainda mais os ativos do projeto, os recebíveis das vendas deverão ser direcionados para uma conta escrow, portanto sem poder de movimentação da devedora, e teremos um acompanhamento mensal da obra com liberações controladas do crédito, criando assim um ‘project finance’ mais robusto”, complementa Moura.