Renda Fixa: Piora dos mercados abriu janela para lucrar com este título, vê Santander
A semana tem sido conturbada, com os mercados em alerta com a escalada do conflito no Oriente Médio, a alta no dólar e no petróleo, além da maior cautela com o quadro fiscal no Brasil após revisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. Somado a isso, ainda há expectativas de cortes nos juros dos Estados Unidos, que foram prorrogadas.
O cenário de aversão ao risco tem sido propício para que as taxas dos títulos públicos subam tanto nos Estados Unidos, quanto por aqui. Nesta quarta-feira (18), os títulos prefixados atingiram suas máximas no ano com lucros de até 11,92%, enquanto o IPCA+ chegou a sua maior taxa desde abril de 2023, na terça-feira (16), com títulos lucrando até 6,11%.
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Para Caio Camargo, estrategista de Investimentos do Santander Brasil, o momento é uma boa oportunidade de entrada nos títulos públicos, desde que investidor observe seu perfil.
“Este movimento abre espaço para alocação, principalmente em títulos prefixados, desde que o investidor tenha perfil para tomar risco”, afirma Camargo.
Ele observa ainda que a maior volatilidade do ambiente externo, que afeta o cenário doméstico, pode fazer com que as taxas oscilem bastante e lucrem na marcação a mercado, gerando oportunidades.
“Pode ser que a marcação de curto prazo sofra um pouco, mas pensando no longo prazo, é um investimento atrativo que pode fazer sentido para todos os investidores, com percentual de alocação na carteira adequado ao seu perfil”, avalia.
Já os títulos públicos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, Camargo aponta que taxas próximas de 6% acima do índice são boas oportunidades de investimento, e também uma forma de proteção na carteira.
“Se o mercado se estressar demais e tivermos uma inflação mais alta do que o esperado, esse título protege o investidor do possível repique nos preços”, explica.
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