Renda fixa pagará mais em 2023 e esses títulos podem render 13,4% com baixo risco, diz Itaú
A surpresa com a inflação e com juros continuarão a beneficiar quem aplica em renda fixa no Brasil em 2023, de acordo com o Itaú BBA.
Existe uma classe de investimento que oferece baixo risco e que poderá entregar rentabilidade ainda maior do que em 2022.
Enquanto os investidores começam a semana abalados pelos impactos dos atos antidemocráticos em Brasília neste domingo, renda fixa conta com baixo risco e altas taxas de juros empregadas pelos bancos centrais mundo afora para conter a inflação.
A taxa Selic iniciou 2022 em 9,25% ao ano e foi sendo revista para cima nos meses seguintes até atingir o patamar de 13,75% ao ano, sendo mantida no mesmo nível até o final do ano.
Para quem investe em títulos pós-fixados, aqueles que acompanham a variação da Selic ou do CDI, significou um rendimento de 12,4% no ano.
Tudo isso sem que ninguém tenha se exposto a grandes riscos na marcação a mercado (com outros indexadores de renda fixa) ou o desempenho inferior de 4,69% do Ibovespa no mesmo período.
Renda fixa em 2023
O Itaú BBA explica, em relatório enviado a clientes, que o cenário para os títulos pós-fixados em 2023 depende do ponto de partida e da velocidade de ajuste da taxa básica de juros pelo Banco Central, fatores que definirão a rentabilidade final do investidor.
Primeiro, o ano já começa com os juros nas alturas em 13,75% ao ano. Segundo, as perspectivas de cortes da Selic estão bastantes reduzidas.
Esses são dois pontos positivos para investir em renda fixa indexada ao CDI, casos do Tesouro Selic e títulos bancários que acompanham o CDI (CDB, LCI e LCA).
“O cenário base é de que o investidor termine 2023 com rentabilidade dos títulos pós-fixados em 13,4% no ano, cerca de 1 ponto percentual acima da observada em 2022, mesmo com a Selic abaixo do nível atual”, afirma o analista Lucas Queiroz, responsável pela recomendação.
Para quem busca fazer dinheiro no curto prazo (intervalo de tempo inferior a dois anos), o especialista recomenda o investimento em Tesouro Selic 2025 ou Tesouro Selic 2027, ambos com liquidez diária no Tesouro Direto.