Renda fixa: O que esperar de outubro após cortes na Selic? Veja os títulos favoritos para o mês
Com a Selic mais baixa neste mês de outubro, em 12,75% – segundo corte feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) este ano – a renda fixa tende a ter uma remuneração mais fraca. No entanto, os especialistas do mercado defendem boas oportunidades nos ativos para o mês de outubro.
O otimismo está relacionado com um cenário interno “previsível” analisado pelos profissionais que já esperavam pelo corte de juros realizado pelo Banco Central em agosto e o aumento nas perspectivas de inflação que permitiram um movimento de inversão na curva.
“O movimento do último mês fez com que tivesse uma inversão na curva, ou como chamamos também ‘uma abertura’, nesses ativos de médio e longo prazos, aumentando a rentabilidade mesmo no cenário de queda. Pelo menos por enquanto”, explica Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank.
Isso acontece porque o mercado está de olho nas projeções e na volta do IPCA de forma mais atenta, elevando a rentabilidade de ativos atrelados à inflação.
O cenário econômico atual é, por enquanto, na visão da planejadora do C6, de incerteza fiscal, com a dúvida se o governo vai conseguir atingir a meta fiscal estabelecida, o que pressiona ainda mais o IPCA a curto prazo.
“É momento para que o investidor volte a acessar esses prêmios na renda fixa que ele já não vinha acessando há uns meses”, aponta Larissa
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Quais ativos são os melhores para outubro, afinal?
A especialista em mercado de capitais e fundadora da AVG Capital, Andressa Bergamo, acredita que os investimentos em pré-fixados podem fazer sentido desde que tenham vencimentos mais longos, e sejam “vencedores” tendo em vista a queda de taxa futura.
“Olhando para o histórico, entendendo as perspectivas de taxa de juros futuras e cenário brasileiro, estamos apostando em ativos de renda fixa atrelados a inflação para garantirmos o poder de compra do brasileiro”, explica.
Quanto aos investimentos atrelados ao CDI, Bergamo projeta boas opções desde que estejam com rendimento acima dos 100% do CDI.
Larissa observa que há maiores oportunidades para a renda fixa no cenário longevo, tendo em vista os cortes na Selic e o IPCA.
Na mesma toada, a carteira da Terra Investimentos, que busca bater o CDI no longo prazo, recomenda que o investidor aloque 15% em inflação, 10% em pré-fixado e 75% em pós-fixado. Sendo assim, as recomendações são:
PÓS FIXADOS | % de alocação |
---|---|
LFT TESOURO SELIC 2026 | 30% |
DEBB11 | 30% |
BANCO INDUSTRIAL DO BRASIL | 10% |
BANCO TOPAZIO | 5% |
INFLAÇÃO | % de alocação |
NTN-B 2028 | 5% |
NTN-B 2045 | 5% |
LCA BTG PACTUAL | 5% |
PRÉ-FIXADO | % de alocação |
LTN 2029 | 6% |
BANCO BMG | 2% |
BANCO AGIBANK | 2% |