Renda fixa tem captação recorde e lidera mercado de capitais no 1º semestre; veja os números
A renda fixa liderou a captação de recursos no mercado de capitais durante o primeiro semestre de 2024, o que ajudou a acumular nos últimos seis meses o valor recorde de R$ 337,9 bilhões, segundo dados da Anbima.
O período foi marcado por incertezas, sendo que de um lado houve uma surpresa positiva quanto ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano e, do outro, o Banco Central optou por pausar os cortes da Selic. Com esse cenário, a B3 sofreu com a aversão a risco, o que favoreceu os títulos da renda fixa.
- LEIA TAMBÉM: Títulos de renda fixa ‘premium’ estão chamando a atenção dos investidores em meio à queda da Selic; veja como capturar taxas de até IPCA + 7,1%
As emissões de debêntures somaram R$ 206,7 bilhões no primeiro semestre e atingiram o maior patamar da série histórica para esse intervalo, com os recursos direcionados principalmente para gestão ordinária (26,4%) e infraestrutura (21,2%).
Intermediários e demais participantes ligados à oferta (48,1%) e fundos de investimento (46,1%) foram os principais subscritores e o prazo médio dos papéis chegou a 7,5 anos. Os setores ligados à infraestrutura (energia elétrica, transporte e logística e saneamento) representaram 43,7% do volume.
Esse número recorde veio após uma migração do capital das empresas que utilizavam os certificados e as letras de crédito para captar no mercado, que deixaram de ser uma opção com as novas regras implementadas no início do ano.
Os instrumentos de securitização também registraram captação recorde para os primeiros seis meses do ano, mesmo com as mudanças nas regras. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) lideraram, com R$ 34,3 bilhões em emissões, enquanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) aparecem na sequência, com R$ 31,4 bilhões e R$ 19,4 bilhões, respectivamente.
Entre os instrumentos híbridos, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) totalizaram R$ 26,6 bilhões em ofertas no período e os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) captaram R$ 1,4 bilhão.
Em relação à renda variável, as operações de follow-on totalizaram R$ 4,9 bilhões em 2024.