Renda fixa em dólar: Por que está ainda melhor investir em juros nos EUA em setembro?

Investir na renda fixa em dólar está ainda mais atrativo aos brasileiros em setembro do que foi em agosto. Conforme o estrategista de macro do BTG Pactual, Arthur Mota, é hora de aproveitar a subida das taxas de juros nos Estados Unidos.
Afinal, o mês de agosto surpreendeu com um movimento mais intenso das taxas de juros mais longas nos EUA. E muitos fatores técnicos fazem com que o brasileiro tenha mais motivos para investir na renda fixa no exterior.
“Enquanto os investidores aproveitaram para realizar lucros no mês de férias nos EUA, o Tesouro americano acelerou o volume de leilões e focado nos vencimentos mais longos da curva de juros. Por fim, dados fortes da economia sugerem que os juros nos EUA ficarão elevados por mais tempo“, explica o especialista em relatório publicado em setembro.
Mas, o que tudo isso quer dizer na prática ao investidor brasileiro? Significa que as taxas dos títulos públicos dos EUA (treasuries) subiram entre 10 e 20 pontos-base nos vencimentos de 10 e 30 anos, ou seja, estão pagando mais juros e em dólar na praça.
- PIB surpreende o mercado e traz otimismo para Ibovespa (IBOV); mas uma nova medida provisória acende sinal de alerta para empresas; Entenda o que esperar no Giro do Mercado clicando aqui. Fique ligado em todas as lives: inscreva-se no canal do Money Times
Como investir na renda fixa em dólar?
A preferência em renda fixa continua o principal ponto da estratégia global nesse momento, superando a recomendação de ações nos EUA e demais ativos de renda variável.
O banco avalia que com o elevado carrego em renda fixa de qualidade (juros entre 5,25% a 5,50% ao ano), o investidor pode:
- aproveitar juros elevados, diminuindo o risco da carteira, enquanto acontecem surpresas na atividade global; e
- no sentido oposto, em caso de frustração com o crescimento dos EUA, o ciclo de queda dos juros tende a destravar ganhos com marcação a mercado.
“Vemos valor nos TIPS, que se beneficiariam de uma redução nas taxas de juros reais em um cenário de inflação mais persistente, gerando ganhos de marcação a mercado”, destaca Mota.
Logo, para investir nos ETFs que replicam o rendimento dos Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS), é possível fazer isso de duas formas:
- Diretamente na B3: Basta procurar pelo iShares TIPS Bond ETF (BTIP39), cuja cota custa em torno de R$ 50;
- Conta em corretora de valores nos EUA: Procure pelo iShares TIPS Bond ETF (TIP), cuja cota gira em torno de US$ 105. Vale lembrar que nos EUA, o investidor pode investir de maneira fracionada.