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Renda fixa: Como se prevenir dos riscos de inflação e juros altos, segundo a XP

12 maio 2022, 9:27 - atualizado em 12 maio 2022, 9:33
Renda fixa
Renda fixa: Segundo a XP Investimentos, o cenário requer cautela em relação aos prazos de investimento (Imagem: Pixabay/Markus-s)

Diante do cenário recheado de incertezas, com as pressões inflacionarias e a curva dos juros, o mercado espera por um novo aumento da Taxa Selic no Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, segundo a XP Investimentos.

Em vista disso, Camilla Dolle e Pietro Consolaro, que assinaram o relatório divulgado na última semana, indicam ativos pós-fixados para investimentos de curto a médio prazo, pois eles “acompanharão a esperada elevação na Selic”.

Em relação aos prazos de investimento, o cenário requer cautela. A corretora recomenda prazos de médio a curto, uma vez que a perspectiva é de uma “imprecisão à frente”.

Em uma eventual redução nos juros e inflação (esperados em relação à precificação atual na curva), para a XP, outros ativos que devem se beneficiar são os prefixados.

Dolle e Consolaro recomendam uma pequena parcela das ações, pois hoje, elas apresentam taxas atraentes. “Porém, recomendamos para aplicações que sejam levadas até o vencimento”, completam.

Para investimentos de maiores prazos, a XP continua com a sua estratégia de indicações em ativos indexados à inflação, que possibilitam ganhos reais acima do IPCA.

Renda fixa: O que passou e o que esperar?

Considerando a taxa Selic em 12,75%, a aplicação na caderneta de poupança se torna cada vez menos atraente em relação a outros investimentos. No mês de abril, a poupança apresentou captação líquida negativa em R$ 17,4 bilhões.

Em decorrência disso, houve uma nova redução no estoque, o que levou o saldo total a ficar inferior a R$ 1 trilhão pelo primeiro mês desde 2020. A poupança se mantém em ritmo de redução no estoque, “em mais um mês de resgates líquidos”.

Nas emissões de debentures incentivadas e comuns, em abril, o volume acelerou. Com foco em “financiamento à infraestrutura e isentas de imposto de renda, somou R$ 2,8 bilhões”.

De acordo com a XP, foram seis emissões no total, sendo todas negociadas ao setor de energia. A corretora destaca a emissão da debênture da Hélio Valgas Solar Participações (HVSP11), com captação de R$ 1,2 bilhão no mês.

Em abril, as ações de ratings tiveram uma sinalização positiva nas classificações de crédito, “que pode ser vista na diferença de volume de elevações de ratings contra volume de rebaixamentos”.

Para a XP, as ações tem tendência positiva nas mudanças de perspectivas, “o que significa que as agências diminuíram as suas prováveis revisões para baixo nas notas de crédito para emissores ou elevaram a probabilidade de elevações”, explica a corretora.

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