Renda fixa: Como não perder rentabilidade em 2023 ao reduzir prazos dos títulos
O investidor que não quer abrir mão de rentabilidade na renda fixa em 2023 precisa arregaçar as mangas e encurtar os prazos dos títulos.
Conforme o estrategista de renda fixa do Itaú BBA, Lucas Queiroz, os prêmios dos títulos de longo estão mais escassos, após a intensa queda das taxas no ano.
Afinal, os próprios dados do Tesouro Direto mostram que dois títulos públicos de longo prazo acumulam juntos quase 40% de valorização em 2023.
No entanto, daqui em diante a assimetria para essa parcela da renda fixa está mais desfavorável.
“Os vértices mais longos da curva de juros já se encontram bem precificados, com pouco espaço para valorizações adicionais. Afinal, o início do ciclo de corte da Selic coincide com momentos de baixos prêmios de risco“, explica o gestor em carta divulgada em julho.
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Renda fixa no Tesouro Direto
Assim, o que se deve fazer na hora de investir no Tesouro Direto é evitar títulos de longo prazo, caso do Tesouro IPCA+ 2045.
Se o investidor tiver maior apetite a risco e quiser especular na marcação a mercado, o Itaú BBA recomenda fazê-lo apenas com os títulos indexados à inflação, por isso deixando de lado prefixados de longo prazo (Tesouro Prefixado 2029).
“É mais seguro buscar ganhos de marcação a mercado com títulos Tesouro IPCA+, ainda que o interesse aqui seja na queda da taxa real e a alocação pouco tenha a ver com o carrego pela inflação do período”, segundo o banco.
O especialista segue recomendando a compra do Tesouro IPCA+ 2035, que no momento oferece juro real ao redor de 5,2% ao ano.
Por outro lado, os títulos Tesouro Selic, mesmo com baixo risco, vão continuar entregando rentabilidade gorda acima da inflação.
Carteira de renda fixa
Confira a seguir a carteira recomendada pelo Itaú BBA, majoritariamente composta por pós-fixados, prefixados de curto prazo e indexados à inflação intermediários:
Título Público | Onde Comprar ? | Rentabilidade atual* | Quanto investir (%) |
---|---|---|---|
Tesouro Selic 2026 | Tesouro Direto | 10,20% ao ano | 50 |
Tesouro Prefixado 2026 | Tesouro Direto | Selic + 0,0595% | 35 |
Tesouro IPCA+ 2035 | Tesouro Direto | IPCA + 5,23% | 15 |
Total | 100 |
*Rentabilidade oferecida pelos títulos públicos no Tesouro Direto em 13/07/2023.