Renda fixa: Como montar uma carteira de investimentos só com Tesouro Direto
Os títulos públicos são comumente conhecidos como os investimentos de maior segurança. Isso porque eles fazem parte da classe de ativos da renda fixa, que naturalmente oferecem menos riscos aos investidores do que a renda variável.
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As opções no Tesouro Direto são variadas e podem ser utilizadas para situações e objetivos diversos. No próprio site do Tesouro Nacional é possível encontrar o Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+.
O economista e diretor de conteúdo da Melver, Alexandre Dellamura, acredita que com essas possibilidades seja viável montar uma carteira de investimento somente com títulos do Tesouro Direto. Ele ainda destacou as principais possibilidades de administração financeira para obter lucros com os produtos.
- Liquidez para reserva de emergência com o Tesouro Selic;
- Construção de renda passiva com títulos que pagam cupom (Tesouro Prefixado com Juros Semestrais e Tesouro IPCA+ com juros semestrais);
- Proteção contra a inflação com títulos indexados ao IPCA;
- Recebimentos que complementem a aposentadoria com o Tesouro Renda+ aposentaria extra;
- Pagamento de despesas escolares dos filhos com o Tesouro Educa+.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título aconselhado pelo profissional para a construção de uma reserva de emergência. Ou seja, aquele dinheiro que pode ser resgatado a qualquer momento para um imprevisto.
“Apesar de todos os títulos disponibilizarem o resgate antecipado, é no Tesouro Selic onde a marcação a mercado é mínima. Isso significa que resgates poderão ser feitos sem que o investidor seja afetado por flutuações drásticas nos preços do título”, explica o profissional.
Títulos com juros semestrais
Para a construção de uma renda passiva, o recebimento de juros por meio de cupons é uma boa escolha, segundo Dellamura.
O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais paga cupons em janeiro e julho, enquanto o do Tesouro IPCA+ com juros semestrais pagam em fevereiro, maio, agosto e novembro, dependendo dos vencimentos.
Desta forma é possível ter retornos em metade dos meses do ano, construindo uma “possiblidade interessante de renda passiva”.
Vale lembrar que os títulos do Tesouro Direto obedecem a tabela regressiva da Receita Federal para o desconto do Imposto de Renda e que deve ser levado em consideração.
Tesouro IPCA+
A estratégia a ser adotada com os títulos IPCA+ é a de proteção de patrimônio contra a inflação a longo prazo. Este investimento recebe uma taxa de juros
“A marcação a mercado no Tesouro IPCA+ é maior. Dessa forma, resgates antecipados poderão resultar em ganhos (caso a taxa de juros dos títulos tenha caído) ou perdas (caso a taxa de juros tenha sido elevada)”, observa o economista.
Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado ou até mesmo o Tesouro IPCA+, que paga uma taxa fixa, é uma boa opção para aproveitar os cenários de queda nas taxas de juros.
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A ideia neste produto é simples, aproveitar para comprá-los enquanto os juros estão altos para lucrar com a queda da Selic.
Neste título, a marcação a mercado também pode ser uma boa estratégia caso o investidor saiba realizar.
Dellamura alerta para a volatilidade da economia brasileira que ainda possui dificuldades de lidar com a inflação, consequentemente, as taxas de juro sobem.
Tesouro Renda+
O próprio nome deste produto já é um indicativo da sua posição na carteira. O Renda+ é uma opção com vencimentos longos e que podem auxiliar no complemento da aposentadoria.
“Sem taxas de carregamento ou mecanismo complexo de tributação, como na Previdência Complementar, esse tipo de título apresenta um período de acumulação e um período definido para o recebimento de renda”, explica.
Tesouro Educa+
Outro dos títulos temáticos inseridos recentemente na gama de produtos do Tesouro Nacional é o tesouro Educa+. Desta forma a construção de uma “poupança” para a educação do filho fica assegurada.
O economista exemplifica com o Tesouro Educa+ 2026 que vence ao final de 2030, mas 60 meses antes do vencimento o titular começa a receber rendas mensais, que podem ser usadas para pagar as despesas escolares dos filhos.