Renda fixa com juros de 14% ao ano no Brasil não deve durar; saiba no que vale a pena investir ainda
O mais provável é o que o Copom (Comitê de Política Monetária) eleve em 0,5% os juros no Brasil, trazendo a taxa Selic para 13,75% ao ano na reunião a ser realizada nos dias 2 e 3 de agosto. A renda fixa, por sua vez, fica ainda mais atrativa, porém o cenário pode estar prestes a mudar.
“Não descarto que o Banco Central seja um pouco mais agressivo e proponha um ajuste de 0,25% apenas. Não descarto esta opção, dado o histórico do Roberto Campos Neto de em alguns momentos tomar uma postura um pouco mais agressiva”, afirma Felipe Reymond Simões, diretor da WIT Asset.
O gestor não é o único a ir na contramão da narrativa de que o Brasil pode ultrapassar uma Selic de 14% ao ano diante de uma inflação difícil de conter.
No último boletim Focus, que traz as previsões do mercado como um todo, divulgado nesta segunda-feira (26), foi estimado que a taxa básica de juros deve encerrar 2022 estacionada em 13,75% ao ano.
Já em 2023, é previsto que os juros iniciem seu processo de baixa, podendo chegar a 10,75% ao ano.
“O Brasil já devia ter iniciado o ciclo de redução de juros. O Brasil já chegou muito antes que o resto do mundo em um patamar bastante atrativo de juros e outros países, como a própria Rússia, que está no meio de uma guerra e não tem uma democracia tão bem estabelecida como o Brasil, estão abaixando os juros”, diz Reymond.
Recentemente, a Rússia abaixou os juros de 9% para 8% e para o gestor não faz sentido nenhum o Brasil remunerar mais de 50% a mais do que a Rússia. Na sua avaliação, o Brasil já tem espaço para redução de juros.
Renda fixa
Antes dos juros caírem de fato, ainda existem boas oportunidades de ganhos na renda fixa (e até na renda variável).
A WIT Asset estima que o Copom comece o processo de corte da taxa Selic já na última reunião do ano, em 7 de dezembro de 2022, ou na primeira primeira reunião do comitê em 2023.
Nesse contexto de inflexão da renda fixa, a dica de ouro para os investidores é optarem por uma carteira de investimentos diversificada em diferentes tipos de indexadores (pós-fixados, prefixados e inflação).
Uma parte pós-fixada atrelada aos juros (Tesouro Selic) e outra parte híbrida, que é atrelada à inflação, que seria um Pré (prefixados) mais o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou o IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado) seguem como indicações na renda fixa.
“E a outra parte prefixada, travando algumas taxas em momentos principalmente de estresse no mercado, que oferecem boas oportunidades. Então, acredito que um balanceamento entre os três tipos sempre é recomendado, independente do momento”, revela Reymond.
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