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Renda da elite do agro mais que dobrou nos principais estados do Brasil; confira

24 jan 2024, 12:54 - atualizado em 24 jan 2024, 12:54
agro renda
As maiores taxas médias de expansão na renda do 0,01% mais rico foram verificadas em Amazonas, Mato Grosso e Rondônia (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A renda da elite do agro (0,01%) cresceu nominalmente 96% no período de cinco anos quase três vezes mais do que a registrada na base da pirâmide social (33%), de acordo com estudo do Observatório de Política Fiscal da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A pesquisa busca analisar a concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira entre 2017 e 2022, mostrando como cresceram os rendimentos dos mais ricos em cada unidade federada.

Os resultados apontam que, além de ter crescido bem acima da média da população, a renda da elite subiu mais nos estados em que a economia é dominada pelo agronegócio, chegando a uma alta nominal de 204% (ou 131% em valores reais) no Mato Grosso do Sul (MS) no estrato social constituído pelo 0,01% mais rico.

Crescimento da renda média dos 10 estados mais ricos da população entre 2017 e 2022 – FGV
Estrato do 0,01% mais rico UF
UF Pessoas Renda média Variação nominal Variação real
MS 221 1983224 204% 131%
AM 171 2103129 191% 122%
MT 294 2738128 183% 115%
RO 106 1246387 170% 106%
RR 32 906233 146% 87%
RN 156 1011252 143% 85%
SC 776 1864640 131% 76%
AP 38 579388 122% 69%
PR 1027 2304422 121% 68%
TO 86 1054494 115% 64%

Depois do Mato Grosso do Sul, as maiores taxas médias de expansão na renda do 0,01% mais rico foram verificadas em Amazonas (122% acima da inflação), Mato Grosso (115%) e Rondônia (106%).

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O estado em que a elite teve o pior desempenho foi o Ceará (20% em termos nominais ou -9% em valores reais), seguido por Pará (4%) e Rio de Janeiro (12%).

De forma geral. as análises apontam que a concentração de renda no topo cresceu significativamente no período recente, destoando do ocorrido na década anterior. Ao mesmo tempo que indica que o crescimento da renda no topo apresenta fortes diferenças regionais, tendo sido mais pronunciado em estados cuja economia, em geral, é dominada pelo agro.

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