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Renault propõe nova fusão com Nissan após saída de Carlos Ghosn

23 abr 2019, 3:52 - atualizado em 23 abr 2019, 3:52
Francesa Renault busca solidificar parceria com a japonesa Nissan (Divulgação/Renault Nissan)

A fabricante francesa Renault propôs novamente uma fusão com a japonesa Nissan Motor, informou nesta terça-feira (23) o jornal The Japan Times, citando fontes próximas ao assunto. A tentativa de união ocorre após a saída do executivo brasileiro Carlos Ghosn do comando das montadoras.

A Renault, maior acionista da Nissan, busca solidificar sua parceria com a empresa japonesa, que contribui com cerca de metade do lucro líquido da montadora francesa. Mas alguns executivos da Nissan consideram o equilíbrio de parceria injusto, disseram fontes familiarizadas com o assunto.

A Nissan rejeitou a proposta feita em meados de abril. O governo francês – maior acionista da Renault – fez uma oferta semelhante em janeiro, depois que a aliança foi abalada pela prisão de Ghosn em novembro.

A Renault detém uma participação de 43,4% na Nissan, que tem uma participação de 15% na empresa francesa sem direito a voto. A Nissan vendeu 5,65 milhões de veículos em todo o mundo no ano passado, 1,5 vezes mais que a Renault.

A proposta mais recente surge no momento em que as duas montadoras e a Mitsubishi Motors, terceira parceira da aliança, lançaram um novo órgão de administração em março para comandar o segundo maior grupo automotivo do mundo em volume.

A Renault continua liderando a parceria depois que Ghosn deixou o cargo, com seu presidente, Jean-Dominique Senard, nomeado novo comandante da empresa.

Entenda o caso Ghosn

Executivo brasileiro recebeu ontem uma quarta denúncia contra ele (Divulgação)

O brasileiro Carlos Goshn, até então considerado um “superstar” no setor automotivo e comandante da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi acusado de violações financeiras, quebra de confiança e de repassar dívida pessoal à Nissan.

Promotores japoneses apresentaram ontem (22) uma nova denúncia contra ele. A acusação, a quarta contra o empresário desde novembro do ano passado, é sobre má gestão de fundos através de uma empresa com sede em Omã.

O executivo foi indiciado duas vezes por não declarar todos os rendimentos entre 2010 e 2018 nos documentos que a Nissan entregou às autoridades financeiras japonesas.

Ghosn também foi acusado de abuso de confiança, com a denúncia, entre outras coisas, da tentativa de fazer a Nissan compensar as perdas em seus investimentos pessoais durante a crise financeira de 2008.

Em 6 de março, Ghosn foi libertado após passar 108 dias em um centro de detenção em Kosuge (norte de Tóquio), após pagar fiança de 1 bilhão de ienes ( € 8 milhões, o equivalente a R$ 35,4 milhões). No início de abril, ele foi levado novamente para a mesma prisão.

Ele havia sido colocado em prisão domiciliar, porque o tribunal descartou o risco de fuga e de destruição de provas. Uma situação que, segundo os advogados, não mudou e poderia justificar uma nova libertação, à espera do julgamento, dentro de vários meses.

 

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